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Eletrobras cai com realização e sinal do governo contra privatização

23 jan 2020, 16:36 - atualizado em 23 jan 2020, 16:36
A venda do controle da companhia é uma incerteza desde que foi anunciada em 2018, ainda na época do governo de Michel Temer (REUTERS/Pilar Olivares)

Sem sinais claros de que a privatização da Eletrobras (ELET3) deva sair do papel ainda neste ano, o Ministério da Economia deve retirar do Orçamento de 2020 o total previsto com a venda da estatal, estimando em R$ 16,2 bilhões. As informações são do site do jornal O Globo.

Com isso, por volta das 16h30, as ações da Eletrobras perdiam 0,79% a R$ 41,45.

O mercado aproveita a notícia para realizar parte dos lucros da disparada de 5,6% de ontem quando o Itaú BBA recomendou compra da estatal.

A venda do controle da companhia é uma incerteza desde que foi anunciada em 2018, ainda na época do governo de Michel Temer. A justificativa da equipe econômica para tirar o montante da conta é justamente as incertezas políticas para conseguir aprovar a medida no Congresso.

Sem os recursos da Eletrobras, o governo será obrigado a fazer um contingenciamento no Orçamento para o ano, o que deve ser anunciado em março. O que se sabe, até agora, é que o valor a ser congelado deve ser inferior aos R$ 16,2 bilhões. Isso porque o governo prevê que outras receitas sejam maiores.

Um dos desafios é porque a Câmara dos Deputados ainda não iniciou a análise do projeto que foi enviado em novembro com o modelo para privatização.

O presidente da Casa, Rodrigo Maia, ainda não criou a comissão especial para avaliar o texto.

Além disso, a proposta também tem forte resistência no Senado, principalmente entre a bancada do MDB. A ala política do governo já fez sondagens e avalia que o projeto dificilmente seria aprovado pelos senadores.

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