Eletrobras avança com privatização voltando a ser prioridade para o governo
As ações da Eletrobras (ELET3) operam com alta de 1,45% a R$ 36,47 e lideram os ganhos do Ibovespa na manhã desta quinta-feira. O mercado reage com otimismo às notícias de que o governo tenta viabilizar a privatização da estatal ainda neste ano.
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O principal objetivo é o reforço do Tesouro Nacional, além de elevar o ânimo dos investidores. A notícia vem depois de uma série de contradições internas, como que a venda da companhia seria realizada somente em 2020 ou que a privatização seria substituída pela capitalização.
Agora, os ministérios da Economia e de Minas e Energia decidiram colocar o pé no acelerador na tentativa de viabilizar uma solução ainda este ano. O modelo deve ser definido até junho. A previsão é que a arrecadação chegue R$ 12,2 bilhões.
Em entrevista ao Estadão, a secretária executiva do Ministério de Minas e Energiae Marisete Pereira, disse que o modelo mais adequado ainda é o de capitalização. Com isso, o governo, que hoje é dono de 60% das ações, faria uma nova emissão, para reduzir a fatia da estatal para 40%.,
Com isso, o governo deixaria de ter o controle da Eletrobras, mas manteria uma fatia considerável por meio ações especiais Golden share.
Caso se confirme, será o mesmo modelo proposto pelo governo de Michel Temer, mas a União ainda estuda a melhor forma de “blindar” as subsidiárias Eletronuclear e Itaipu, que precisam permanecer sob controle estatal. Isso porque a exploração é monopólio constitucional da União, enquanto Itaipu é uma binacional em sociedade com o Paraguai.