BusinessTimes

Eletrobras aprova adiantamento à Eletronuclear para retomar obras de Angra 3

17 jul 2020, 20:52 - atualizado em 17 jul 2020, 21:14
Os valores já estavam previstos nos investimentos estimados no Plano de Negócios 2020-2024 da companhia (Imagem: Divulgação/Flickr)

A Eletrobras (ELET3; ELET5; ELET6) informou que o conselho de administração da empresa aprovou a concessão de adiantamento para futuro aumento de capital (Afac) da subsidiária Eletronuclear, em operação que visa acelerar providências para a retomada das obras da usina nuclear de Angra 3.

A elétrica disse em comunicado ao mercado nesta sexta-feira que a operação com sua subsidiária de geração nuclear envolverá 1,052 bilhão de reais em 2020 e 2,447 bilhões de reais em 2021.

Os valores já estavam previstos nos investimentos estimados no Plano de Negócios 2020-2024 da companhia, acrescentou a estatal.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Privatização

A proposta do governo Bolsonaro de privatizar a Eletrobras dificilmente será aprovada nos moldes atuais e neste momento pelo Congresso, em meio à pandemia de coronavírus, alertaram nesta quarta-feira dois políticos influentes no setor de energia.

Um projeto de lei para viabilizar a desestatização foi enviado pelo governo aos parlamentares ainda em novembro passado, mas não avançou desde então.

Um projeto de lei para viabilizar a desestatização foi enviado pelo governo aos parlamentares (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse no início de julho que o governo pretende levar adiante três ou quatro “grandes” privatizações neste ano, mas sem citar nomes de empresas.

Segundo o jornal Valor Econômico, a Eletrobras seria uma dessas companhias e as conversas para retomar a desestatização envolveriam possíveis mudanças no projeto enviado ao Congresso, que poderia voltar a prever a manutenção pelo governo de uma “golden share” na empresa após a mudança de controle.

“A possibilidade de isso prosperar é pequena”, disse o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), ao ser questionado sobre a desestatização da elétrica em evento online promovido pelo Canal Energia nesta quarta-feira.

Veja o comunicado na íntegra: