Elétrica praticamente no zero a zero em 2023 vai deslanchar? BB atualiza potencial da ação
A ação da Taesa (TAEE11) reage pouco em 2023, tendo na conta um ganho acumulado de apenas 0,17% no ano. Para quem acredita que a disparada do papel acontecerá nos próximos meses, a atualização mais recente da tese pelo BB Investimentos diz o contrário.
A instituição está com um novo preço-alvo para as units da companhia ao fim de 2024. O valor foi revisado para baixo, de R$ 44,10 ao fim de 2023 para R$ 39, o que representa um potencial de valorização de 12,3% em relação à cotação atual. A recomendação neutra foi reafirmada.
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A atualização considera:
- o novo ciclo de RAP (receita anual permitida) das transmissoras iniciado em julho de 2023;
- a inclusão dos dois últimos projetos conquistados no leilão de transmissão #002/2023 (Tangará e Saíra); e
- projeções atualizadas de variáveis macroeconômicas que impactarão reajustes de receita futuros e custo da dívida.
“Após dois anos de reajustes de receita bem acima de nossas projeções, o último reajuste de RAP, cujo ciclo iniciou-se em julho de 2023, trouxe reajuste negativo para as concessões indexadas ao IGP-M, que acumulou queda de 4,5% nos 12 meses anteriores ao reajuste. Este foi o principal motivo da redução de nosso preço alvo”, explica Rafael Dias, analista responsável pelo relatório desta segunda-feira (25).
Na avaliação do BB, os novos projetos incorporados no modelo devem consumir investimento na ordem de R$ 2 bilhões. Desses, R$ 870 milhões referentes à indenização ao antigo concessionário já foram desembolsados.
“Os demais R$ 1,13 bilhão serão investidos ao longo dos próximos quatro anos”, completa Dias.
Rentável
Apesar da recomendação neutra, o BB destaca que a Taesa segue apresentando “crescimento constante e rentável”.
A rentabilidade estimada com os novos projetos do segundo leilão de transmissão no ano passado e o histórico positivo da Taesa deixam a instituição otimista com a empresa.
“Acreditamos também que o ritmo equilibrado de crescimento seja compatível com a manutenção dos dividendos, = em linha com o histórico da companhia e com sua tese de investimento”, completa Dias.