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Elétrica ganha espaço na carteira de ações favoritas do Santander; confira os 16 papéis

20 set 2022, 17:59 - atualizado em 20 set 2022, 18:14
Eletrobras
Em carteira de top picks, o Santander substituiu a CPFL Energia pela Eletrobras, com expectativa de potencial de valorização significativo (+55% até o fim de 2023) (Imagem: Reuters/Pilar Olivares)

O Santander fez algumas alterações em sua carteira recomendada de ações top picks, em linha com a atualização do preço-alvo do Ibovespa a 140 mil pontos para o fim de 2023.

De olho na retomada das ações cíclicas domésticas, o banco reduziu a exposição aos fatores “Valor” e “Baixa Volatilidade” e aumentou o peso de nomes de “Qualidade, Crescimento e Momentum”.

O Santander acredita que o mercado poderá começar a precificar mais cedo os cortes nas taxas de juros, com a inflação geral podendo desacelerar significativamente durante o primeiro semestre de 2023.

“Isso pode ser um catalisador positivo para ações cíclicas domésticas que estão sendo negociadas com um desconto significativo em relação à média histórica”, avalia a instituição, em relatório publicado na última sexta-feira (16).

Novidades do portfólio

Para aumentar a exposição a “Crescimento” e “Momentum”, o Santander incluiu BTG Pactual (BPAC11) e Rumo (RAIL3) na carteira, em substituição a Suzano (SUZB3) e Vivo (VIVT3).

Para elevar a exposição ao fator “Qualidade”, o Santander incluiu Vivara (VIVA3).

Além disso, o Santander substituiu a CPFL Energia (CPFE3) pela Eletrobras (ELET6), com expectativa de potencial de valorização significativo (+55% até o fim de 2023) caso o turnaround seja implementado com sucesso.

Outra mudança foi a retirada de Petz (PETZ3) para a inclusão de Direcional (DIRR3).

“Embora estejamos otimistas com as perspectivas de longo prazo da empresa, ficamos desapontados com os resultados da Petz no segundo trimestre de 2022 e com as declarações da administração de que está começando a ver alguma canibalização entre as lojas recém-lançadas”, explica o Santander.

O banco diz que gosta da exposição da Direcional ao mercado de moradias populares. Ainda, a companhia passa por um sólido momentum de lucros, com o time de análise prevendo crescimento de lucro líquido a um CAGR (taxa de crescimento anual composta) de três anos de 39%.

Fator “eleição”

Banco do Brasil
Eleições fazem o Santander neutralizar a exposição do portfólio a estatais (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Paralelamente, o Santander está neutralizando a exposição a Banco do Brasil (BBAS3) e Petrobras (PETR4) por conta da proximidade das eleições, que devem se mostrar apertadas.

“Como resultado, acreditamos ser prudente manter-se próximo do peso de mercado nestas ações, pois não desejamos prever o vencedor”, afirma.

Apesar disso, pela pesquisa do Santander, os últimos quatro ciclos eleitorais no Brasil mostraram uma compressão de aproximadamente 60 pontos-base nos rendimentos dos títulos do governo nos três meses seguintes, abrindo caminho para a renda variável.

Dados da instituição indicam ainda uma alta de 9% para o Ibovespa três meses após os resultados das eleições.

Confira a carteira recomendada do Santander atualizada:

Empresa Ticker Peso Preço-alvo 2023E Upside*
Vale VALE3 10% R$ 95 39%
Petrobras PETR4 10% R$ 33,10 8%
Equatorial EQTL3 8% R$ 30,50 25%
Minerva BEEF3 7% R$ 19 38%
Lojas Renner LREN3 7% R$ 34 27%
Rumo RAIL3 7% R$ 30 52%
Totvs TOTS3 7% R$ 36 23%
BTG Pactual BPAC11 6% R$ 37 40%
Assaí ASAI3 6% R$ 24 32%
Multiplan MULT3 6% R$ 32 33%
Vivara VIVA3 6% R$ 33 29%
Itaú Unibanco ITUB4 5% R$ 32 20%
Eletrobras ELET6 5% R$ 72,90 55%
Hypera HYPE3 4% R$ 43 1%
Direcional DIRR3 3% R$ 18 23%
Banco do Brasil BBAS3 3% R$ 64 61%

*Considera preço-alvo e preço das ações em 15 de setembro de 2022.

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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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