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Eletrobras estima cancelamentos e atrasos de leilões de energia

29 mar 2020, 18:32 - atualizado em 29 mar 2020, 18:52
Eletrobras
Alguns empreendimentos de transmissão em fase de implantação também podem sofrer atrasos (Imagem: Instagram/Eletrobras)

A Eletrobras (ELET3; ELET5; ELET6) estima que a possível baixa de liquidez no mercado de energia devido às dificuldades trazidas pelo coronavírus pode levar a possíveis cancelamentos e atrasos de leilões de energia nova promovidos pelo Governo Federal.

Em um extenso comunicado divulgado ao mercado na noite de sexta-feira (27), a estatal relatou a situação atual e fez projeções sobre os cenários possíveis.

“Devido à necessidade de preservar suas atividades essenciais, a companhia, na medida do possível, antecipou férias, aprovou compensação de banco de horas, autorizou o teletrabalho, restringiu a realização de viagens nacionais e reuniões com a participação de número elevado de pessoas, proibiu viagens internacionais e colocou os colaboradores que apresentaram sintomas em quarentena, tendo solicitado ainda que seus prestadores de serviços observassem, igualmente, todas as orientações do Ministério da Saúde”, explica a empresa.

Alguns empreendimentos de transmissão em fase de implantação também podem sofrer atrasos em caso de necessidade de paralisação total desses empreendimentos ou em decorrência de dificuldades de locomoção das equipes de obras.

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Mercado

A Eletrobras estima que no Ambiente de Contratação Livre (ACL) há um aumento da probabilidade de inadimplência nos contratos, bem como da solicitação de renegociação dos montantes contratados, tendo em vista uma potencial redução da demanda de  energia, refletindo, portanto, em risco de impacto na receita esperada para os próximos meses.

“Ademais, é importante destacar que, historicamente, o segmento de transmissão de energia tem baixa inadimplência, mesmo em momentos de crise econômica aguda, como as de 2009 e 2015-2016. A inadimplência média dos últimos 12 meses é menor que 0,5%, ou seja, as transmissoras têm recebido mais de 99,5% das receitas”, avalia.

Veja o comunicado:

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
gustavo.kahil@moneytimes.com.br
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