Comprar ou vender?

ELET6, PETR4, VBBR3: Lula terá trabalho se quiser mexer em estatais, diz BBI

08 ago 2022, 15:16 - atualizado em 08 ago 2022, 15:20
Petrobras
Lula terá trabalho para concretizar seus planos com estatais (Imagem: Bloomberg)

Com a notícia de que a equipe de Lula estuda a possibilidade de frear a privatização da Petrobras (PETR3; PETR4), bem como o desinvestimento de refinarias e adquirir participação relevante da Vibra (VBBR3), o Bradesco BBI destaca que o candidato à presidência terá trabalho para conseguir mexer com as estatais.

Isso porque, no caso das refinarias, o BBI aponta que o processo de venda faz parte de um termo de compromisso firmado pela Petrobras com o Cade. Dessa forma, a decisão de não prosseguir com o processo de desinvestimento pode acarretar multas para a petroleira.

Enquanto isso, para Vibra, o Governo teria que aderir aos estatutos da empresa que determinam que ofertas por mais de 25% da empresa exigiriam que o comprador pagasse o preço mais alto das ações dos últimos 6 meses ou uma avaliação conduzida por um avaliador independente.

No caso da Eletrobras (ELET3), as cláusulas da poison pill também são muito rígidas, e para o Governo exercer alguma influência na empresa precisaria desembolsar montantes significativos de capital.

“Uma possibilidade seria alavancar a Petrobras para usar o caixa da empresa para comprar a Eletrobras; no entanto, isso pode enfrentar uma grande resistência dos mercados e fontes de financiamento” diz o BBI.

Os planos de Lula

Segundo a Folha de S. Paulo, a pretensão de Lula é de excluir a Petrobras da lista de privatizações, além de interromper a venda de refinarias em andamento e adquirir participação relevante na Vibra.

Aliados do candidato à presidência chegam a defender a criação de uma estatal de energia a ser formada por Eletrobras e Petrobras, que dependeria da recompra de ações recentemente vendidas durante a privatização da Eletrobras.

A equipe de Lula também estuda a compra de participações nas refinarias já vendidas: RLAM e Reman.

Segundo o senador João Paulo Prates (do PT – do RJ) a ideia não é reafirmar, mas adquirir participações grandes o suficiente para ter assentos em suas respectivas diretorias.

“O Governo Federal, por meio de suas empresas estatais, deve fazer ofertas de ações das empresas. Se os acionistas aceitarem, vamos avançar com o negócio”, disse o senador.

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