Eleitor de Lula investiu mais durante pandemia do que eleitor do Bolsonaro, indica pesquisa
Uma pesquisa da fintech de previdência privada e saúde financeira Onze revelou que os investidores que dizem votar em Lula investiram mais durante a pandemia (33%) da Covid do que os que votam em Jair Bolsonaro (29%).
Outros 41%, que declaram voto em Ciro Gomes, também utilizaram as economias feitas durante a pandemia para investir. Veja na tabela abaixo:
“Identificamos na pesquisa que, na comparação com os demais candidatos, é mais expressivo o número de eleitores do Ciro Gomes que investiram em produtos financeiros o dinheiro economizado na pandemia. Já entre os eleitores do atual presidente, o pagamento de dívidas teve destaque em relação aos demais, enquanto os eleitores do Lula e do Ciro apostaram mais em educação que os simpatizantes do Bolsonaro” revela o analista de investimento da Onze, Samuel Torres.
Além disso, a pesquisa concluiu que os eleitores da centro-esquerda e centro-direita investem mais e melhor em produtos financeiros do que os eleitores de outras ideologias políticas.
Os dados fazem parte de um levantamento realizado pela fintech para definir o perfil de investimento dos eleitores brasileiros.
Direita ou esquerda?
Se declaram de direita e centro-direita 38% dos entrevistados, de esquerda e de centro-esqueda 44% e de centro 18%. Desses, 30% declaram votar em Lula, 20% em Jair Bolsonaro, 13% em Ciro Gomes e 10% em Sérgio Moro.
Os eleitores do Lula preferem a renda fixa e são mais conservadores, optando pela poupança, títulos privados e tesouro direto respectivamente.
Já os eleitores do Bolsonaro diversificam e arriscam um pouco mais, apostando em poupança, ações e fundos de investimento, respectivamente.
Porém, são os eleitores do Ciro os que mais arriscam e diversificam, pois apostam renda variável: 35% investem ações contra 32% de Bolsonaro.
Em relação às prioridades na hora de investir, o eleitor do Bolsonaro é o que mais preza por retorno, enquanto os do Ciro e Lula olham mais para a segurança.
A pesquisa revelou que reserva de emergência e aumento de patrimônio são os principais objetivos da maior parte dos entrevistados.