Eleições 2022

Eleições: No 2º turno, Bolsonaro vai atrás de governadores e Lula de presidenciáveis; batalha será no Sudeste

04 out 2022, 12:33 - atualizado em 04 out 2022, 12:33
Lula e Bolsonaro
Candidatos a chefe do executivo nacional devem buscar apoio de todos os lugares do Brasil, de Norte a Sul (Imagem: Bloomberg)

O segundo turno das eleições presidenciais já tem campo de batalha, e os nomes envolvidos já sabem quais aliados buscar. Assim que a apuração das urnas indicou que o posto de presidente da República em 2023 seria decidido no segundo turno entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as campanhas iniciaram o movimento para buscar aliados. As declarações dos dois candidatos deixaram claro como cada um buscará os votos decisivos.

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Foco principal será no Sudeste

Em um país de tamanho e proporções continentais, os candidatos a chefe do executivo nacional devem buscar apoio de todos os lugares do Brasil, de Norte a Sul, das capitais às cidades do interior. Mas, em uma eleição polarizada, os estados e regiões se mostraram bem definidos e com pouca margem de manobra para mudanças de votos.

Lula venceu em 14 estados, incluindo todos do Nordeste, e Bolsonaro em 13, com totalidade no Sul e no Centro-Oeste. A região Norte ficou divida, mas com os estados definindo boas vantagens para cada candidato.

Assim, os dois candidatos devem concentrar mais esforços na região sudeste, que conta com os maiores colégios eleitorais do país e que, apesar da vantagem para o atual presidente, mostraram mais margem para que o ex-presidente busque votos.

Bolsonaro acena aos governadores, Lula quer apoio de presidenciáveis

Se o local da batalha está definido, as alianças também devem ser colocadas na mesa já nos primeiros dias de campanha. Bolsonaro tentará se apoiar na popularidade dos governadores reeleitos no primeiro turno. Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, e Claudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, já anunciaram apoio ao presidente e devem atuar em seus estados para garantir para Bolsonaro os votos que sobraram para eles. Tarcísio de Freitas (Republicanos), em São Paulo, também deve reforçar os pedidos de voto. Ex-ministro de Bolsonaro, Tarcísio vai para o segundo turno das eleições para governador contra Fernando Haddad (PT), com vantagem de ter tido mais votos que o petista no primeiro turno.

Em Minas Gerais, o governador reeleito teve mais de 6 milhões de votos, vitorioso com 56% dos votos válidos. Já Bolsonaro teve no estado 5,2 milhões de votos e 43% dos votos válidos na região. No Rio de Janeiro, Castro teve 100 mil votos a mais do que o atual presidente no estado. Em São Paulo, Tarcísio teve menos votos que Bolsonaro, mas os dois apostam no interior do estado para conseguir a vitória.

Lula deve buscar os votos dos candidatos à presidência derrotados, principalmente Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB). O ex-presidente pretende conseguir os votos necessários que faltaram para uma vitória no primeiro turno. Com 57 milhões de votos no último domingo (2), o petista precisa, além de manter esses votos, de cerca de 2 milhões de votos para alcançar os 50% dos eleitores brasileiros.

Juntos, Simone Tebet e Ciro Gomes tiveram, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, cerca de 800 mil e 600 mil votos respectivamente. Em São Paulo, os dois somaram 2,5 milhões de votos. São esses votos que Lula espera reverter no segundo turno.

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