Redes Sociais

Eleições: Conheça a plataforma Gab, refúgio dos banidos pelo Twitter e Facebook

24 set 2018, 17:55 - atualizado em 24 set 2018, 17:55
(Gab/Facebook)

Criada em agosto de 2016 por Andrew Torba, a plataforma Gab.ai vem ganhando a atenção de usuários banidos no Facebook e no Twitter por violação de regras de conduta em meio a debates eleitorais.

Em agosto deste ano, por exemplo, a #DireitaAmordaçada foi um dos assuntos mais comentados do Twitter. Com incentivo do candidato à presidência Jair Bolsonaro e do vereador Fernando Holiday, a hashtag criticava o fato de algumas contas simpatizantes com a direita estarem sofrendo restrições de publicação na rede social. Outra mobilização chegou a acontecer no mesmo mês, desta vez impulsionando a #MeSegueNoGab, mencionada em 19.315 tuítes, de acordo com uma pesquisa elaborada pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas da FGV (FGV DAPP).

Entre 1 e 28 de agosto, um total de 1.917 tuítes sobre algum dos 13 presidenciáveis foram identificados como vindos do Gab. O número de usuários brasileiros no aplicativo cresceu 12,2% em 22 de agosto para 27,3% no dia 11 de setembro, um aumento de 15,1 pontos percentuais em algumas semanas. Segundo Alexa, subsidiária da Amazon que fornece dados de tráfego de informações e análise de acesso a sites, o Brasil só não bate os Estados Unidos, com 40,2% de acessos, muitos deles da extrema-direita.

Os usuários que levantaram a #MeSegueNoGab estão divididos da seguinte forma: 5.819 são seguidores do candidato de Bolsonaro, 1.289 de João Amoêdo e 1.016 de Álvaro Dias. O candidato com o menor número de seguidores que levantaram a hashtag é Guilherme Boulos, com 167.

Perfis automatizados também estão atuando no Gab. Eles repostam publicações originárias do Twitter, especialmente de contas conhecidas, como a de Bolsonaro e do Lula, e até de grandes portais de notícias brasileiras, como Estadão, UOL, G1 e Veja.

Os usuários também atuam com uma estratégia conhecida como crosspost: o que é publicado no Gab, ele replicam no Twitter de forma automática. Isso faz com que a publicação não seja perdida em caso de suspensão da conta ou do post.

A plataforma segue quase que a mesma estrutura do Twitter. É possível publicar pequenos posts, chamados de gabs, com limite de 300 caracteres. Seu logotipo é representado por um sapo verde, semelhante ao sapo Pepe, que se tornou símbolo da extrema-direita norte-americana.

Caracterizada como “uma rede social livre de anúncios dedicada a preservar a liberdade individual, a liberdade de expressão e ao livre fluxo de informações na Internet”, o Gab está banido da Google Play por promover discursos de ódio e da Apple Store por permitir a publicação de conteúdo pornográfico. Porém, ainda pode ser encontrada para baixar em smartphones Android.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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