Eleições: Campanha de Bolsonaro alega fraude em veiculação de propagandas em rádios; TSE dá 24h para apresentar provas
A campanha de Jair Bolsonaro (PL) alega que rádios, de forma proposital, não estariam veiculando as propagandas do candidato à reeleição em sua programação, o que estaria desequilibrando a disputa em favor de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Fabio Faria, ministro das Comunicações do governo, e Fabio Wajngartem, ex-secretário de Comunicação e atual coordenador de campanha do presidente, fizeram a acusação na noite desta segunda-feira (24) em coletiva em frente ao Palácio do Planalto.
“O que queremos é que seja restabelecido o direito igualitário de disputar as eleições. Não sei se dá tempo para que sejam restabelecidas todas essas horas. Tem de fazer uma conta. Mas que seja feito rápido isso. O TSE vai fazer agora sua própria checagem, buscar lá a sua auditoria para que a gente possa ter as mesmas condições de tratamento”, disse Faria.
O processo é acompanhado por dois relatórios que somam 18 páginas e apresentam o levantamento feito pela empresa sobre o número de inserções de Bolsonaro e Lula veiculadas em emissoras de rádio nos estados do Norte e Nordeste. O petista teve maioria dos votos em ambas as regiões no primeiro turno das eleições.
“Constatamos que na região Nordeste tivemos 29.160 inserções a menos na nossa candidatura, o que corresponde a 241 horas de programação impedida de ser transmitida”, disse Wajngarten, que ainda citou que, no total, 154 mil inserções não foram exibidas em todo o país.
TSE pede provas
Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes deu 24 horas para que a campanha de Bolsonaro mostre as provas da acusação.
“Os fatos narrados na petição inicial não foram acompanhados de qualquer prova e/ou documento sério, limitando-se o representante a juntar um suposto e apócrifo ‘relatório de veiculações em rádio’, que teria sido gerado pela empresa ‘Audiency Brasil Tecnologia'”, afirma Moraes na decisão tomada na noite desta segunda.
“Tal fato é extremamente grave, pois a coligação requerente aponta suposta fraude eleitoral sem base documental alguma, o que, em tese, poderá caracterizar crime eleitoral dos autores, se constatada a motivação de tumultuar o pleito eleitoral em sua última semana”, disse Moraes.
O ministro Fabio Faria afirmou que o documento entregue ao TSE é um relatório preliminar que trata da primeira semana de campanha eleitoral no segundo turno no Norte e Nordeste. No entanto, disse que a campanha já possui uma auditoria referente a duas semanas nestas regiões, que somou 154.085 inserções a menos da propaganda de Jair Bolsonaro, na comparação com seu rival.
Veja o despacho do ministro Alexandre de Moraes
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