Eleições 2022: Qual a opinião dos candidatos à presidência sobre criptomoedas?
Em vésperas de eleição, é importante saber dos posicionamentos dos candidatos sobre diferentes temas. Um deles são as criptomoedas.
Por ser um assunto novo e em constante mudança, o tema pode ser pauta durante o governo eleito.
Confira o resumo do que alguns candidatos – aqueles que falaram publicamente sobre o assunto – se posicionam sobre o tema.
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Jair Bolsonaro (PL)
No caso do candidato e atual presidente Jair Bolsonaro (PL), o tema foi citado algumas vezes.
Bolsonaro já comentou sobre o assunto para criticar um projeto do Funai, como também já usou para argumentar que seu governo é liberal. Além disso, as criptomoedas já fizeram parte de seu convívio de forma indireta por meio do token “MITO22”.
Em entrevista concedida à Rádio 96 FM, do Rio Grande do Norte, em agosto de 2021, Jair Bolsonaro falou que 99% dos brasileiros não sabem o que é o Bitcoin – assim como ele mesmo.
No programa Flow Podcast deste ano, o candidato reafirma sua opinião sobre o mercado cripto.
“Eu nunca mexi com isso. Não sei o que é bitcoin e acho que a maioria da população não sabe”, diz.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
O candidato e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não deixa o tema claro.
O petista nunca comentou, ou opinou, diretamente sobre. Todavia, as criptomoedas circundam seu convívio de outras maneiras.
Um exemplo é Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central durante o governo do petista, que anunciou sua participação no Conselho Global da Binance e, em um curto espaço de tempo, o seu apoio público à candidatura de Lula.
Além disso, o Instituto Lula – entidade ligada ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – começou a ministrar aulas sobre Bitcoin e tecnologia cripto em fevereiro deste ano em um módulo de um curso de economia digital.
A entidade chegou a divulgar um vídeo explicando o funcionamento da blockchain ministrado pelo professor de sociologia Edemilson Paraná, da Universidade Federal do Ceará.
Ciro Gomes (PDT)
O candidato abordou o tema pela primeira vez no Flow Podcast em junho deste ano. “Olha, eu não sei se eu sou conservador demais — e eu admiro essa tentativa, mas uma moeda sem lastro e sem uma autoridade pública por trás dela, não sei se um dia desse vai dar problema”, disse.
Quando confrontado pelo apresentador da época, Monark, sobre o fato de que El Salvador havia adotado a cripomoeda, Ciro respondeu que no país o assunto está avançando para um negócio impressionante, e que foi muito mais além.
“Eu já disse que não vai dar certo e tal… mordi a língua. Está surgindo uma moeda privada, de curso internacional razoável, reserva de valor razoável”, disse.
Felipe D’Avila (NOVO)
Já no caso do candidato Felipe D’Avila (NOVO), o tema foi citado algumas vezes. Pela ideologia liberal-econômica do partido NOVO, já era de se esperar que o candidato fosse alinhado a um direcionamento mais permissivo em relação ao assunto.
A primeira relação do candidato com o tema pode ser datado em 2018, quando o site oficial do Centro de Liderança Pública (CLP) – organização sem fins lucrativos dedicada à formação de líderes políticos – fundada por ele, publicou um artigo com nome “A tecnologia blockchain aplicada ao setor público”.
Em entrevista ao Livecoins em agosto deste ano, o candidato reafirma o interesse, antes exposto pela entidade, no mercado cripto.
Ele conta que é familiarizado e considera o setor muito interessante em termos de inovação.
Soraya Thronicke (PSL)
Embora não tenha apresentado o tema no plano de governo, a candidata foi uma das senadoras mais engajadas na regulação de criptoativos no Brasil.
Em agosto de 2020, a própria senadora propôs o Projeto de Lei nº 2.303, de 20150 que trata sobre o assunto.
O projeto de Lei da Soraya acabou sendo juntado com o P.L 3825/2019, que já estava tramitando junto com P.L 3949/2019.
A senadora também apresentou ementas ao P.L nº 2303/2015, todavia este foi substituído pela atual Lei nº 2.303, de 2015 que já estava mais avançada no processo legal.
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Sofia Manzano (PCB)
A candidata Sofia Manzano (PCB), o tema foi citado em entrevista ao portal de notícias Livecoins. Pela ideologia comunista do PCB, já era de se esperar que a candidata fosse alinhada a um direcionamento mais crítico em relação ao assunto.
Além de declarar ser “totalmente contra” o uso do Bitcoin com moeda de curso forçado no Brasil, a candidata diz não acreditar ser uma moeda de troca de fato. Mas diz enxergar que a tecnologia pode trazer coisas positivas.
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