Os esforços de tecnologia do TSE no combate às fake news
O desafio do combate às fake news tem sido levado a sério pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com as eleições de 2022 se aproximando, a instituição tem desenvolvido parcerias, campanhas de conscientização e até mesmo conduzindo inquéritos a fim de eliminar qualquer forma de desinformação.
Nas últimas semanas, após diversas tentativas malsucedidas de cooperação entre a plataforma de mensagens Telegram e o TSE, procuradores do Ministério Público Federal (MPF) declararam que consideram solicitar o bloqueio temporário do aplicativo durante o período das eleições.
Em outros 11 países, a rede social já foi banida. Incluindo na Rússia, seu país de origem. Entre as principais acusações, estavam a falta de políticas de moderação e normas de uso, tornando o aplicativo o local ideal para atividades criminosas e correntes de mensagens enganosas.
Em nota oficial, o TSE afirma que “já celebrou parcerias com quase todas as principais plataformas tecnológicas e não é desejável que haja exceções”. Entre as plataformas citadas estão o Facebook e Instagram, geridas pela Meta (FB; FBOK34), que irão exibir cartões com link para o Portal da Justiça Eleitoral ao identificar publicações relativas às eleições.
Durante as eleições de 2017, o presidente Jair Bolsonaro (PL) utilizou as redes sociais como principalmente plataforma de sua campanha eleitoral. Longe dos debates com os demais candidatos, Bolsonaro divulgava seus projetos políticos através de publicações e disparos em massa.
De acordo com a agência de checagem “Aos Fatos”, o líder do executivo teve uma média de 6,9 declarações falsas ou distorcidas por dia. Durante seu penúltimo ano em Brasília, Bolsonaro fez 37,6% alegações falsas a mais do quem em todo seu mandato.
Segundo o levantamento, o político deu 145 declarações falsas a respeito das eleições. As declarações causaram grandes polêmicas, desde sua campanha pelo voto impresso até acusações de fraude no processo eleitoral. Apesar de suas falas, Bolsonaro não apresentou evidências que comprovassem nenhum de seus argumentos.
As próximas eleições gerais acontecerão em outubro deste ano e irão eleger os cargos de presidente e vice-presidente da República, senadores, deputados federais e estaduais, além de governadores e vice-governadores dos Estados.