Eleições 2022: Bolsonaro está ganhando pelo “barulho” em Portugal e petistas seguem “silenciosos”

Para a maior comunidade na Europa e uma das maiores do mundo, o clima de votação dos brasileiros em Portugal encontra o mesmo perfil visto no Brasil há vários dias.

Há certo “barulho” feito pelos apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro e muito “silêncio” dos eleitores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no momento em que as urnas estão a três horas de serem fechadas (o fuso horário é de quatro horas à frente).

Entre os cerca de 250 mil imigrantes, contabilizando apenas os que estão em situação regular no país, Cleide Portes fez estas observações ao Money Times, logo após sair do posto de votação na embaixada do Brasil em Lisboa.

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Jornalista aposentada, ex-diretora da Rádio e TV Unesp, e com muita experiência como observadora política que foi da cena brasileira por muitos anos – inclusive como ativista político-social -, Cleide até acredita que a reeleição de Bolsonaro tem mais adeptos, como está ocorrendo em toda o continente europeu.

No entanto, o “clima de medo”, que tem escutado e acompanhado no Brasil, e reproduzido em Portugal, embora com menor agressividade, deixa no ar algum suspense em relação à vitória local do candidato petista.

A jornalista cita conversa mantida com seu filho, Leonardo Portes, pela manhã, que vive em Barcelona, Espanha, que sentiu o mesmo clima no posto de votação do consulado brasileiro.

“Mas, apesar disso tudo, se percebe que a movimentação em torno dos locais de votação [Lisboa e Porto] está boa”, complementa, o que equivale dizer que deverá haver um número elevado de comparecimento às urnas.

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Em relação ao acompanhamento que os portugueses fazem das eleições gerais brasileiras, Cleide Portes vem percebendo uma repercussão muito grande por parte da imprensa. “Por sinal, igual em vários países, como na França”, disse.

Ela atribui isso às atenções despertadas mundialmente pelo grau de divisão e de confronto nunca vistos antes no Brasil, bem como “preocupações com nossa democracia”.

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