Eleições 2022: Abstenção pode tirar 700 mil votos de Lula, diz BTG Pactual
A taxa de abstenção de votos, recorde no primeiro turno das eleições, pode tirar até 700 mil votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à presidência da República pelo PT.
A projeção é do BTG Pactual, considerando a existência de segundo turno na eleição de governadores em alguns estados, como São Paulo.
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Abstenção nas últimas eleições
O banco observa que a taxa de eleitores que deixaram de votar aumentou entre o primeiro e o segundo turno nas eleições de 2002 a 2018, destacando que a região Norte foi a que apresentou a maior taxa, de 5,5 pontos percentuais (p.p.), seguida pelo Centro-Oeste e Nordeste, com altas de 2,9 p.p. e de 2,7 p.p., respectivamente.
“Estimamos que ter eleição em segundo turno para governadores reduz o aumento das abstenções em 2,9 pontos percentuais no Norte, Nordeste e Centro-Oeste”, comenta a equipe do BTG, vendo um efeito menor de segundo turno no Sul e no Sudeste. Nessas duas regiões, as taxas de abstenção cresceram 0,7 p.p. e 0,6 p.p., na mesma ordem, entre 2002 e 2018.
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Hipóteses
O BTG Pactual considerou duas hipóteses para chegar ao cálculo, sendo a primeira um cenário de abstenção homogênea entre os eleitores de Lula e do presidente Jair Bolsonaro, que tenta a reeleição pelo PL. Para a primeira projeção, a equipe do banco considerou o crescimento médio da abstenção nas eleições de 2002 a 2010. “Nesse cenário, a vantagem de Lula cairia em 232 mil votos”, comentam.
Outra hipótese que o BTG considerou foi a média de crescimento da abstenção na última eleição presidencial, em 2018. Com ela, a redução da vantagem do ex-presidente Lula seria de 104 mil votos.
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Segundo o banco, considerando um cenário de abstenções heterogêneas, com 60% da taxa vindo de eleitores de Lula e 40% de pessoas que votam em Bolsonaro, a vantagem do petista cai drasticamente.
Usando a média da taxa de abstenção das eleições de 2002 a 2010, o ex-presidente Lula reduz a vantagem em 721 mil votos. Já quando considerada a média de 2018, o petista reduz sua vantagem ante Bolsonaro em 275 mil votos.
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