Eleições 2022: Abstenção no segundo turno tende a crescer (e Lula agradece)
A taxa de abstenção de votos tende a aumentar no segundo turno das eleições 2022. Segundo o cientista político e sócio da Tendências Consultoria, Rafael Cortez, isso é uma boa notícia para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Uma abstenção mais elevada ajuda o primeiro colocado, no caso o ex-presidente Lula. Porque fica mais difícil para o presidente Jair Bolsonaro (PL) captar esses votos”, avalia. O petista levou a melhor no primeiro turno, tendo 48,43% dos votos válidos. Bolsonaro alcançou 43,20%.
Cortez reforça que a dinâmica da taxa de abstenção será um dos elementos centrais para o segundo turno. Isso porque Lula e Bolsonaro devem mirar a captação desses eleitores que não foram às urnas no domingo (02).
Eleições com abstenção recorde
No primeiro pleito, a abstenção foi recorde, atingindo uma taxa de 20,95%, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O que representa pouco mais de 32,7 milhões de eleitores. Rondônia foi o estado que registrou a maior fatia de abstenções, de 24,65%, seguido do Mato Grosso, com taxa de 23,38%. Nesta eleição, 156,4 milhões de brasileiros estavam aptos para votar, de acordo com TSE.
Em 2018, última eleição presidencial, a taxa de abstenção ficou em 20,33% no primeiro turno, com 29,9 milhões de eleitores fora das urnas.
Para o cientista político e diretor do Instituto Brasilis, Alberto Carlos Almeida, a maior fatia de abstenção vem de eleitores que se mudaram de suas zonas eleitorais. “Quem muda de cidade e de estado não volta para votar. Ou estão em férias”, comenta.
Percentual de votos brancos e nulos foi o menor desde 1994
O que pode elevar a taxa?
Segundo Cortez, um dos motivos que pode levar eleitores a não irem às urnas em 30 de outubro é que 15 Estados já definiram seus governadores em primeiro turno. Entre eles, dois dos três maiores colégios eleitorais do país: Minas Gerais e Rio de Janeiro. E Lula venceu nas urnas mineiras.
Almeida destaca que, tradicionalmente, a abstenção é um pouco maior no segundo turno. “Tem menos mobilização de deputado, senador e governador chamando votos. Além disso, o eleitor pensa ‘não tem o meu candidato, não vou votar'”, comenta.
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