Eleições 2020

Eleição suplementar em Mato Grosso confirma Carlos Fávaro como senador

16 nov 2020, 10:05 - atualizado em 16 nov 2020, 10:05
Carlos Fávaro
Fávaro já ocupava uma cadeira de senador de forma interina desde abril e terá mais seis anos de mandato (Imagem: Carol de Vita)

Carlos Fávaro (PSD) foi confirmado como senador de Mato Grosso. Em eleição suplementar neste domingo (15), ele conquistou 371.857  votos (25,97% do total) e ficou em primeiro lugar entre os 11 candidatos ao Senado.

Fávaro já ocupava uma cadeira de senador de forma interina desde abril e terá mais seis anos de mandato. Ele assumiu a vaga no Senado deixada por Selma Arruda, cassada pela Justiça Eleitoral.

Carlos Henrique Baqueta Fávaro nasceu em Bela Vista do Paraíso (PR), em outubro de 1969. Ele é casado, empresário e produtor rural. Ao longo de sua atividade profissional, foi dirigente de várias representações do agronegócio.

Também foi vice-governador de Mato Grosso entre 2015 e 2018. Sua candidatura ainda contou com o apoio dos seguintes partidos: MDB, PP, PTB e PV. O senador Jayme Campos (DEM), segundo mais votado na eleição de 2018, e o senador Wellington Fagundes (PL), eleito em 2014, completam a bancada de Mato Grosso.

Em nota divulgada por sua assessoria, o senador disse que estava muito feliz com o resultado da eleição. Ele lamentou os atrasos na divulgação dos votos e disse que a confirmação do seu nome mostra que “a população de Mato Grosso avalia bem o nosso trabalho e quer a nossa permanência no Senado”.

O resultado da eleição no estado só foi divulgado oficialmente pelo site do TSE na madrugada desta segunda-feira (16).

— A população decidiu e minha resposta não pode ser outra, senão trabalhar e fazer cada vez mais por Mato Grosso. Isso é uma honra — declarou o senador.

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Eleição suplementar

Esta foi a primeira eleição suplementar para o Senado no Brasil em 50 anos (Imagem: Rovena Rosa/Agência Brasil)

A eleição suplementar para senador de Mato Grosso ocorreu devido à cassação, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do mandato da ex-senadora Selma Arruda e de seus dois suplentes, por caixa dois e abuso do poder econômico na campanha de 2018.

O tribunal também determinou a realização de novas eleições — o que estava previsto inicialmente para o mês de abril.

No entanto, a votação foi adiada por conta da pandemia do coronavírus e ocorreu de forma conjunta com o primeiro turno das eleições municipais. Senadora mais votada, Selma exerceu o mandato até abril deste ano. O senador Carlos Fávaro, terceiro mais votado nas últimas eleições, assumiu o mandato de forma interina, depois de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Até 2015, o TSE costumava prestigiar as eleições já realizadas, permitindo que os candidatos mais bem cotados assumissem a vaga daqueles cuja chapa foi cassada. Isso mudou com a Lei 13.165, de 2015, que obrigou a realização de novas eleições.

Esta foi a primeira eleição suplementar para o Senado no Brasil em 50 anos. A última ocasião foi em 1970, quando dois estados precisaram substituir parlamentares cassados pela ditadura militar.

João Abrahão e Mário Martins — ambos do MDB e representando, respectivamente, Goiás e o antigo estado da Guanabara — foram removidos do Senado em 1969 com base no Ato Institucional número 5 (AI-5). No ano seguinte, quando todos os demais estados elegeram dois senadores, esses dois estados elegeram três. Emival Caiado (Arena) e Danton Jobim (MDB) ficaram com as vagas extras, para mandatos de apenas quatro anos.

O estado

Conforme dados do TSE, o Mato Grosso tem 2,3 milhões de eleitores, espalhados em 141 municípios. O estado, que conta com cerca de 3,2 milhões de habitantes, tem ampla diversidade de fauna e flora, com partes da Floresta Amazônica e do Pantanal em seus domínios.

A Chapada dos Guimarães é outra grande atração turística. Sua economia é baseada principalmente no agronegócio, sendo considerado o maior produtor de grãos do país, com uma participação de 28% da produção nacional.