Eleição nos EUA se assemelha a 2022 no Brasil: ‘Não sabemos qual será o desfecho’, diz especialista
A eleição presidencial nos Estados Unidos (EUA) passou por uma reviravolta após a desistência do candidato democrata Joe Biden na disputa contra o republicano Donald Trump, levando Kamala Harris a entrar na corrida presidencial. Na visão de Cliff Young, presidente da polling da Ipsos, não se sabe qual será o desfecho para a presidência do país.
Durante o evento XP Expert deste sábado (31), Young comentou que o embate inicial protagonizado por Biden e Trump era desgastado, já tendo sido visto antes. Neste sentido, avalia a entrada de Harris como um rosto novo, com personalidade nova, que traz muita energia e movimenta a base democrática.
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Com isso, Harris vem conseguindo mudar as pesquisas, assumindo a dianteira da disputa. No entanto, Cliff chama atenção para o fato de que as pesquisas ainda podem mudar, com eventos como o debate marcado para 10 de setembro no radar dos eleitores.
Do lado forte de Trump, há o conhecimento sobre os fundamentos e tem apelo na questão de inflação nos Estados Unidos, tema em destaque no país.
“Olhando de longe, Trump parece ter algum tipo de vantagem por conta desse fundamento”, afirma.
Eleição nos EUA se assemelham ao 2022 do Brasil
Na avaliação de Cliff Young, o atual ano eleitoral nos Estados Unidos se assemelha ao cenário de 2022 no Brasil, no embate entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro.
Ao fazer este paralelo, o especialista destacou que o resultado foi acirrado e vê o forte apelo e foco de Lula nas pautas de interesse de seus eleitores como um diferencial para a vitória. Voltando ao cenário nos Estados Unidos, ele destaca que as estratégias adotadas nas campanhas eleitorais de Trump e Harris podem ser decisivas.
Do lado de mercados, Bruno Waga, gestor da Opportunity, comenta que as eleições não deverão ter um impacto negativo ou positivo nos preços de ativos. “Estamos com uma visão bastante construtiva de longo prazo e a eleição não mudou isso”.
Ademais, Waga e Young concordam que, seja Kamala Harris ou Donald Trump o vencedor, o Congresso dos Estados Unidos deve ficar definido, com inclinação para um Senado mais republicano e uma Câmara mais democrata.