Eleição chegará na Bolsa com início da propaganda na TV, diz Credit Suisse
As atuais intenções de voto relevadas pelas pesquisas vão provavelmente permanecer inalteradas até o início da campanha eleitoral na TV e no rádio em 31 de agosto, segundo estudo do Credit Suisse elaborado por Leonardo Fonseca e Lucas Vilela. A partir daí, a volatilidade tende a aumentar nos ativos brasileiros, conforme a experiência de eleições passadas.
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“A mudança nas intenções dos eleitores é muito mais frequente e muito maior depois do início da propaganda eleitoral na TV”, relata o banco suíço ao analisar o ocorrido desde o pleito de 1989. Desta vez, com menos fonte de financiamento e uma campanha mais curta, o tempo de TV será ainda mais precioso, elevando a importância de formação de coalizões.
“A incerteza significativa inerente ao processo eleitoral atual torna a eleição de 2018 relativamente diferente das anteriores, o que diminui ainda mais a previsibilidade das pesquisas”, acrescenta o texto do Credit Suisse.
Para a instituição financeira, o Brasil precisa de um candidato comprometido com as reformas para conter a trajetória explosiva da dívida pública e empenhado aumentar a produtividade da economia. A ascensão de um nome contrário a essa agenda deve tumultuar o mercado brasileiro.
Redes sociais
É razoável crer que as redes sociais terão maior influência na eleição deste ano do que no passado graças ao aumento de usuários de internet. Mas a campanha eleitoral na TV continuará exercendo papel fundamental na imagem dos candidatos a presidente.
Pesquisa recente do Ibope revelou que 69% dos eleitores usa a TV como principal fonte de informação de política. Sites de notícias, redes sociais, jornais e rádio foram citados por 24%, 22%, 19% e 17%, respectivamente.