14 maio 2023, 9:00
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atualizado em 12 maio 2023, 15:51
Neste domingo (14), é celebrado o Dia das Mães e um levantamento do Serasarevela que a ideia de que as contas da casa é coisa dos “homens da casa” não existe no Brasil.
Segundo o estudo Relevância das Mulheres nas Finanças das Famílias Brasileiras, mais de 90% das mulheres com filhos têm responsabilidade ao lidar com o orçamento familiar.
Nos casos de mães solteiras, viúvas e divorciadas são, em maioria, as únicas provedoras das famílias. Entre as que são mães solteiras, 48% afirmam que não possuem companhia para dividir as finanças. Já entre as mães divorciadas e viúvas, os números são ainda maiores, atingindo 65% e 57%, respectivamente.
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Por outro lado, as mães casadas representam a única fatia entre as participantes com filhos que possuem maior parcela de ajuda para manter a família financeiramente, com um total de 32% respondentes.
“Sem apoio, as mulheres se tornam fonte de renda para manter a família e quitar as contas que chegam todos os meses. Cada vez mais empoderadas também no mundo das finanças, os dados refletem o perfil dessa mãe brasileira que atua ativamente para gerir as finanças da casa sozinha”, afirma Patrícia Camillo, gerente da Serasa.
Mães com jornada tripla
Um ponto de atenção que a pesquisa levanta é o fato de que muitas dessas mulheres não conseguem manter as contas em dias apenas com uma jornada de trabalho tradicional, sendo que muitas precisaram recorrer a algum bico ou trabalho informal para complementar a renda – além de cuidarem dos filhos.
No levantamento geral, das mulheres que são as únicas responsáveis financeiras (com ou sem filhos), 78% precisaram complementar a renda com algum trabalhoextra. O número é parecido entre as mulheres que são as principais responsáveis mais recebem alguma ajuda, de 77%.
No entanto, o grupo de mães solteiras é o que mais sofre com esse problema: 84% revelam já ter procurado formas de obter ganhos extras.
Entre os bicos e trabalhos informais mais comuns estão os de revendedora (cosméticos e roupas, por exemplo), com 40%; como faxineira ou diarista, com 20%; para cuidar de crianças e idosos, com 18%; e com aulas particulares, com 16%.
“Mesmo possuindo um trabalho fixo, as mulheres que cuidam de seus filhos ainda buscam outras formas de manter as contas em dia e a qualidade de vida”, diz Patrícia.
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