El Pais, Bloomberg: Veja repercussão da troca do comando da Petrobras (PETR4) no mundo
O anúncio do Ministério de Minas e Energia (MME) sobre a saída de José Mauro Coelho do comando da Petrobras (PETR3;PETR4), após demissão feita pelo presidente Jair Bolsonaro menos de dois meses após sua nomeação, surpreendeu o mercado. Esta foi a terceira troca no comando durante o governo do atual presidente.
Bolsonaro convidou Caio de Andrade para assumir o cargo de CEO da estatal, o que levantou questões referentes à privatização, preço do combustível e movimentação dos caminhoneiros.
A notícia está repercutindo nos jornais internacionais, que também destacam o aumento dos preços e a troca em curto período de tempo.
Veja a repercussão da mudança na Petrobras no âmbito internacional.
O que dizem os jornais ao redor do mundo sobre a Petrobras
Bloombeg
A manchete da Bloomberg na noite desta segunda (23) diz que “Bolsonaro aumenta pressão sobre Petrobras após demitir presidente”.
A agência destaca a terceira demissão realizada por Jair Bolsonaro, “em um sinal claro de que a gigante do petróleo controlada pelo estado ficará sob pressão para combater a inflação de combustível em um ano eleitoral”.
A Bloomberg diz ainda que a medida é um reflexo em parte da pressão que Bolsonaro está sofrendo para conter um aumento na inflação que está aprofundando a dor financeira que milhões de brasileiros sentiram desde o início da pandemia, há dois anos.
“Se conseguir controlar os preços dos combustíveis, isso daria um impulso à sua campanha enquanto ele tenta diminuir a distância com seu principal rival Luiz Inácio Lula da Silva.”, diz.
El País
Na mesma linha, o jornal espanhol El País publicou notícia da agência AFP — Agence France-Presse — que destacou o breve período em que Coelho permaneceu na presidência da Petrobras, além da pressão dos aumentos dos preços dos combustíveis.
O jornal evidencia que os dois ex-líderes da Petrobras, Silva e Luna e Roberto Castello Branco, também foram demitidos após Bolsonaro criticar os aumentos dos preços dos combustíveis pela empresa que controla o mercado local.
Reuters
A Reuters noticiou nesta terça (24) que “Brasil escolhe 2º novo CEO da Petrobras em 2 meses, enquanto Bolsonaro tenta influenciar os preços dos combustíveis”.
Segundo a agência de notícias britânica, “a mudança é a mais recente tentativa do presidente Jair Bolsonaro de influenciar a política de preços de combustíveis da Petrobras, enquanto ele busca aumentar suas perspectivas de reeleição em meio à inflação galopante impulsionada pela energia, segundo analistas”.
La Nacíon
O jornal argentino La Nacíon noticiou que “Jair Bolsonaro demitiu o presidente da Petrobras 40 dias após nomeá-lo, pressionado pelo aumento do combustível”.
Foi destacado o candidato Caio de Andrade para ocupar o lugar do Coelho as mudanças no próximas ao período eleitoral.
“Os constantes aumentos nos preços dos combustíveis, que alimentam principalmente a inflação, preocupam Bolsonaro, que buscará a reeleição nas eleições de outubro. Coelho assumiu a liderança da Petrobras em 14 de abril e assegurou que não haveria mudanças em sua política de preços, que segue a cotação internacional do petróleo, desencadeada nos últimos meses pela guerra entre Rússia e Ucrânia.”, noticiou o La Nacíon.
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