El Niño está de volta após 3 anos; impactos no agronegócio do Brasil e do mundo
O El Niño retornou oficialmente e é provável que produza condições climáticas extremas no final de 2023.
Assim, podem haver ciclones tropicais girando em direção a ilhas vulneráveis do Pacífico até chuvas fortes na América do Sul (Brasil) e secas na Austrália.
Após três anos do padrão climático La Niña, que geralmente reduz um pouco as temperaturas globais, o El Niño, mais quente, está de volta, de acordo com um aviso emitido na quinta-feira pelo Centro de Previsão Climática da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos.
O El Niño surge de águas excepcionalmente quentes no Pacífico Oriental, próximo à costa da América do Sul, e geralmente é acompanhado por uma desaceleração ou reversão dos ventos alísios do leste.
“Em maio, as condições fracas do El Niño surgiram à medida que as temperaturas da superfície do mar acima da média se fortaleceram no Oceano Pacífico equatorial”, disse o comunicado.
Na última vez em que houve um El Niño, em 2016, o mundo teve o ano mais quente já registrado. Juntamente com o aquecimento causado pela mudança climática, 2023 ou 2024 podem atingir novos máximos.
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El Niño e o agronegócio
Os primeiros sinais de clima quente e seco causados pelo fenômeno estão ameaçando os produtores de alimentos em toda a Ásia.
No entanto, os produtores nos EUA estão contando com chuvas de verão mais intensas do fenômeno climático para aliviar o impacto da seca severa.
O El Niño pode fazer com que a produção das safras de inverno caia 34% em relação aos recordes na Austrália.
Além disso, ele pode afetar a produção de óleo de palma e arroz na Indonésia, Malásia, que fornece 80% do óleo de palma do mundo, e Tailândia.
Na Índia, os impactos do El Niño poderiam ter compensação.
No caso, pelo Dipolo do Oceano Índico, ou Nino Indiano, mas esperava-se chuvas abaixo do normal nas partes do noroeste do país.