Eike Batista: Na Justiça, uma vitória para o ex-bilionário
O ministro do STF Dias Toffoli decidiu nesta quarta-feira (29) que bens ou empresas do ex-bilionário Eike Batista só poderão ser vendidos com a autorização do Supremo, informou o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
Com isso, a Justiça do Rio de Janeiro e de Minas Gerais não poderão autorizar a venda das debêntures emitidas pela Anglo American pertencentes à massa falida da mineradora MMX – o ativo mais valioso de Eike Batista, na casa de centena de milhões.
A venda de debêntures emitidas pela Anglo American foram alvo de disputa entre a XP Investimentos e o BTG Pactual, que faz a primeira oferta no valor mínimo de R$ 360 milhões, ainda em 2022. Para a defesa de Eike Batista, o processo era “apressado e prejudicial aos demais concorrentes”.
O advogado do ex-bilionário, Ariel Weber, disse em nota que o processo que abriga a decisão de Toffoli está acobertado pelo sigilo, “que deve ser respeitado”, de acordo com a coluna. “A defesa de Eike Batista segue determinada a buscar a melhor e mais equânime solução para todas as partes envolvidas nos processos em tramitação”.
Império de Eike Batista
Eike Batista conquistou o mercado financeiro principalmente a partir dos anos 2000 com um grupo de empresas que eram parte de um projeto ambicioso com projeções extraordinárias.
O empresário chegou a atrair investidores do mundo inteiro ao abrir capital da petroleira OGX, a principal companhia do império X.
No entanto, quando os dados oficiais divulgaram uma realidade muito distante das projeções, as ações despencaram, em um início da derrocada que abalou o mercado de capitais local.