Vagas de emprego

Efetivação de trabalhadores temporários salta com nova lei em 2021

14 jan 2022, 12:25 - atualizado em 14 jan 2022, 12:25
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Trabalho Temporário alcançou números expressivos com relação às contratações registrando um aumento de 20,6% em 2021 (Imagem: Unsplash)

Apesar dos desafios e incertezas com relação à economia, gerados pela pandemia do coronavírus, o trabalho temporário alcançou números expressivos com relação às contratações registrando um aumento de 20,6% em 2021.

Segundo a Associação Brasileira do Trabalho Temporário (ASSERTTEM), a modalidade foi responsável por gerar 2.415.419 vagas temporárias no Brasil em 2021, um crescimento de 20,6% com relação ao ano anterior, quando foram geradas 2.002.920 vagas.

A geração de mais de 2,4 milhões de vagas temporárias em 2021 é o maior patamar já registrado desde o início da série histórica, em 2014. O que reforça o papel de destaque desse modelo de trabalho como alternativa, também durante a crise sanitária provocada pelo coronavírus, para as empresas e para o combate ao desemprego.

Essa modalidade de trabalho é um regime jurídico atípico que permite contratação e demissão sem grandes entraves. Marcos de Abreu, presidente ASSERTTEM, explica que, com a pandemia e a insegurança geral das empresas com relação às contratações, a modalidade ganhou destaque no Brasil e no mundo por sua eficiência.

Abreu ainda ressalta que o ano de 2021 foi muito bom para a modalidade com o crescimento nas contratações temporárias por todos os setores da economia, a parceria com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e a valorização da modalidade pelas empresas que a utilizaram e conquistaram resultados satisfatórios.

Os dados comprovam a melhora, visto que a efetivação dos temporários subiu de 15% em 2019 para 22% em 2021. Com isso, são mais de 531 mil profissionais que se recolocaram no mercado de trabalho neste ano por meio da modalidade, concluiu o presidente da ASSERTTEM.

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Cenário para 2022

As expectativas para as contratações por meio do Trabalho Temporário, que visa atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de trabalho, devem seguir em alta em 2022, segundo a ASSERTTEM.

Essa forma de trabalho pode ser uma alternativa de recolocação, principalmente, para os 38% dos brasileiros estão desempregados há um ano ou mais. Os dados são da última Pesquisa dos Profissionais Brasileiros realizada pela Catho, marketplace de tecnologia que conecta empresas e candidatos de forma gratuita, que contou com a participação de 8.114 pessoas de todo o país.

De acordo com o levantamento, 68% dos respondentes alegaram não estar exercendo nenhuma atividade remunerada. Dentro desse grupo, 38% estão desempregados há um ano ou mais e 16,2% alegam estar sem emprego há mais de dois anos. Dentre eles, quase metade (48,3%) foi demitido da última empresa que trabalhava, enquanto 14,3% pediram demissão.

“Os dados da pesquisa revelam que existem muitas pessoas sem emprego há muito tempo e muitas delas já até recusaram propostas por não serem compatíveis com o que elas desejam, o que mostra que o brasileiro está buscando qualidade de vida também no ambiente de trabalho”, ressalta Christiana Mello, CGO-H da Catho.

Com a recente mudança no modelo de negócio, a Catho conta com mais de 324 mil oportunidades de emprego para se candidatar de forma gratuita.