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Efeitos da pandemia: PMEs alcançam R$ 1 bilhão de faturamento no e-commerce em 2021

27 ago 2021, 14:47 - atualizado em 27 ago 2021, 14:47
Até mesmo quem nunca havia feito uma compra online o fez em 2020, e isso trouxe o e-commerce ao foco dos holofotes

Que a pandemia foi responsável por uma tremenda aceleração digital, todo mundo já sabe. É algo fácil de se perceber: depois de mais de um ano em isolamento social, as empresas se movimentam cada vez mais para atender às demandas do consumidor, que, em restrição de visitar unidades físicas, teve de se adaptar a novos costumes.

Um desses costumes que entrou no gosto dos brasileiros foi o hábito de fazer compras online. Essa tendência, que já dava indícios de que seria uma realidade em um futuro próximo, tornou-se uma verdade absoluta em poucos meses de pandemia.

Até mesmo quem nunca havia feito uma compra online o fez em 2020, e isso trouxe o e-commerce ao foco dos holofotes. Esse crescimento, é importante destacar, também puxou as rédeas do mercado: as pequenas e médias empresas (PMEs) faturaram mais de R$ 1 bilhão com o varejo eletrônico no primeiro semestre de 2021.

O consumidor tem optado por pequenas ou médias empresas

Segundo estudo da Nuvemshop, o número do faturamento teve seu valor em uma altíssima onda de crescimento. O aumento anual foi de cerca de 140% nos rendimentos, em comparação com o mesmo período de 2020, que totalizou, à época, R$ 428 mil.

E esse dado mostra uma informação importante, que vai além dos números: o consumidor tem investido cada vez mais no e-commerce de pequenos e médios negócios ante às grandes empresas.

A pesquisa mostra ainda que o volume de pedidos também representou um salto no primeiro semestre deste ano. Foram 248 mil pedidos nesse período – um aumento de 134%, comparado à mesma época de 2020, na qual a quantidade fechou em 106 mil compras.

E vale destacar que a maior parte desses pedidos veio da região Sudeste – especialmente, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. O estado do Paraná, na região Sul do país, também obteve destaque.

Para Alejandro Vázquez, CCO e cofundador da Nuvemshop, o e-commerce ainda tem muito espaço para crescimento no Brasil, e o comportamento do consumidor deve estar mais focado nas compras online.

“Além das pessoas que já tinham o hábito de adquirir produtos online, calculamos que mais de três milhões de brasileiros compraram pela internet pela primeira vez neste primeiro semestre. Isso comprova que realmente houve uma mudança nos hábitos de consumo que veio para ficar”, destaca.

O estudo da Nuvemshop mostra também os segmentos de PMEs que mais faturaram com o e-commerce em 2021. O primeiro foi o de Moda, com faturamento de R$ 342,8 milhões, seguido por Saúde & Beleza, com R$ 85,8 milhões, e Acessórios, com R$ 72,3 milhões. Já para os setores com maior crescimento nas vendas há destaque para

Antiguidades, com aumento de 782%, seguido por Joias, com 174%, e Brinquedos, com 127%.

Com tamanho crescimento do e-commerce das PMEs, a situação cadastral do CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) também deve mudar para várias dessas corporações, na medida em que aumentam seu faturamento e requerem maior expansão.

Espera-se, portanto, um número significativo de companhias que saíram da margem de PMEs e se tornaram grandes empresas.

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