Bradesco (BBDC4) terá ‘efeito Santander’ (SANB11)? Lucro pode disparar 86%, veem analistas
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O Bradesco (BBDC4) divulga o seu resultado no quarto trimestre com a expectativa de continuar a sua recuperação dos números, que se iniciou em 2023. Além dos números, o banco divulgará as projeções para 2025. O mercado espera um cenário mais desafiador, com a Selic batendo nos 15%, o que pode atrasar a melhora das margens.
Mesmo assim, parte dos investidores se animaram com o resultado do Santander (SANB11) na quarta-feira, já que o banco vive uma situação parecida com o Bradesco. Os números foram suficientes para fazer a ação saltar 7%.
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Para a Genial, o Bradesco deverá lucrar R$ 5,4 bilhões, aumento de 2,8% no trimestre e expressivos 86,7% no ano, com um ROE de 13,1%, elevação de 5,93 pontos percentuais.
“Acreditamos que o banco seguirá sua trajetória de recuperação de rentabilidade, mas de forma bem mais gradual. O foco da instituição deve estar na priorização da rentabilidade, em vez de buscar um crescimento acelerado ou uma rápida recuperação de market share“, afirma.
Bradesco: Mais do mesmo
Já a XP diz que o crescimento da carteira de empréstimos total deve manter o ritmo, enquanto o banco prioriza o retorno ajustado ao risco de sua carteira.
“Embora a carteira de empréstimos total acelere em relação ao terceiro trimestre (9% ano a ano contra 7,6% no terceiro trimestre), atribuímos uma parte dessa aceleração à variação cambial durante o trimestre”.
O NII (margem com o cliente) deve melhorar, impulsionada pela carteira, e encerra o trimestre em R$ 16,3 bilhões (alta de 5,1% ano a ano).
“Antecipamos um custo de risco em torno de 3% (ou R$ 6,8 bilhões), abrindo caminho para uma melhoria no NII após as provisões. Esperamos mais um trimestre de queda no NPL, encerrando o trimestre em 4%”.
A margem financeira com o mercado deve diminuir ligeiramente sequencialmente, por outro lado, refletindo as taxas de juros mais altas, especialmente em dezembro. Como resultado, prevê lucro líquido de R$ 5,2 bilhões, levando a um ROAE de 13%.
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“No geral, embora o cenário macroeconômico aquém do ideal possa atrasar um pouco a reestruturação em andamento, permanecemos positivos em relação à capacidade do Bradesco de continuar entregando melhorias sequenciais no ROE no futuro próximo”.