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Efeito Moro: ações de estatais despencam em meio à crise política

24 abr 2020, 15:17 - atualizado em 24 abr 2020, 15:22
Eletrobras
As ações ordinárias e preferenciais da Eletrobras despencavam 13,77% a R$ 21,60 e 14,77% a R$ 24,47, respectivamente, às 15h30 desta sexta-feira (24) (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

As ações das empresas estatais são destaque na Bolsa brasileira nesta sexta-feira (24) por registrarem forte desvalorização após o anúncio da saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Seguindo o ritmo negativo do Ibovespa, os papéis ordinários da Petrobras (PETR3;PETR4) registravam, às 15h13, perdas de 6,98% a R$ 16,13, enquanto as ações preferenciais caíam 5,37% a R$ 16,04.

O desempenho da Eletrobras (ELET3;ELET6) era ainda pior. As ações ordinárias e preferenciais despencavam 13,77% a R$ 21,60 e 14,77% a R$ 24,47, respectivamente.

O Banco do Brasil (BBAS3) derretia, no mesmo horário, 12,01% a R$ 24,68. Sabesp (SBSP3) caía 13,90% a R$ 36,49, e Cemig (CMIG3;CMIG4) recuava 10,20% a R$ 8,98 (ordinária) e 10,86% a R$ 8,78 (preferencial).

A renúncia de Moro agravou ainda mais a posição de Jair Bolsonaro na presidência. Na visão de Felipe Miranda, existe no momento um “risco enorme” de um de impeachment.

O ex-ministro revelou, durante uma coletiva realizada nesta manhã, detalhes de conversas feitas com o presidente que poderiam ser usadas como justificativa para que o processo aconteça.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição no Senado, afirmou que entrará com o pedido de impeachment de Bolsonaro ainda hoje.