Efeito do descontrole da pandemia, boi cai no mercado futuro dos EUA, apesar da entressafra
As restrições que muitas cidades e estados americanos estão impondo no momento de escalada da pandemia, especialmente metrópoles como Nova York, já estão precificando os contratos futuros do boi gordo e do novilho na Bolsa de Chicago. A menor demanda de bares, restaurantes e escolas fechadas já é sentida e os preços caem.
A ascensão de Joe Biden à presidência dos Estados Unidos, em 20 janeiro, trazendo a expectativa de medidas federais de isolamento, caso o alastramento do vírus se mostre alto ainda, reforça a queda das cotações.
Apesar da entressafra da produção ficando mais pronunciada com o inverno, sem o corredor exportador para os chineses, como tem Brasil e Argentina, e com a Europa – principal importador – sob lockdowns severos em vários países, a demanda doméstica não sustenta a oferta.
O boi sob contrato de dezembro, por exemplo, há semanas estava girando em torno dos US$ 112 o centun weight (cwt), equivalente a 45,35 kg, e em pouco mais de uma semana caiu para US$ 108,75, ao fechamento desta quinta (19). Para o vencimento de fevereiro, a perda é maior, quase 2,20%.
A cotação do novilho, mais valorizado no mercado interno – ao contrário do Brasil, cuja demanda é dos exportadores -, desvalorizou 2,92%, a US$ 135,65 cwt no driver de janeiro, também na mesma sessão de Chicago.
No começo do mês, o cwt desse animal mais jovem estava acima de US$ 140.