Combustíveis

Efeito da guerra no petróleo não preocupa Petrobras (PETR4)? Prates descarta altas nos combustíveis

18 out 2023, 12:19 - atualizado em 18 out 2023, 12:19
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Prates reconhece efeito da guerra nos preços do petróleo, mas afirma que “já tinha uma inflação estrutural acontecendo”. Combustíveis no Brasil estão defasados. (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

A guerra entre Israel e Hamas está mexendo com o mercado de petróleo. O mercado financeiro já projeta um aumento no preço da commodity caso deixe de ser um conflito isolado e se torne uma guerra no Oriente Médio. Do lado do Brasil, o presidente da Petrobras (PETR3; PETR4) já está de olho nos efeitos do conflito nos preços dos combustíveis no país.

Após reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin e o secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Haitham al-Ghais, Jean Paul Prates disse que o preço do petróleo já está afetado e que novas altas são esperadas caso a guerra se alastre. “Piorar mais é a tempestade perfeita”, afirmou o executivo.

Um estudo da Bloomberg Economics, aponta que a guerra tem potencial para elevar o petróleo a US$ 150 o barril e provocar uma recessão mundial, caso o conflito arraste outros países.

No entanto, ele disse que a atual cotação do petróleo não tem, necessariamente, a ver com esse conflito em si. “Já tinha uma inflação estrutural acontecendo”. Por volta das 12h, o petróleo tipo Brent, que é referência internacional, avançava 1,48%, a US$ 91,23 o barril.

Prates também ponderou que, por ora, países produtores não devem se envolver diretamente no conflito. Com isso, ele descarta a possibilidade da guerra interferir no preço dos combustíveis no Brasil no curto prazo.

Preço dos combustíveis

Segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), há espaço para novas altas nos preços dos combustíveis.

No caso do diesel, a defasagem nas refinarias da Petrobras em relação ao mercado internacional está em 15%. Trata-se de R$ 0,65. Já a gasolina está mais alinhada, com uma defasagem de 2%, ou R$ 0,05.

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