Commodities

Efeito da bienalidade de baixa do café ainda não garante números finais da quebra de safra

14 jan 2021, 12:03 - atualizado em 14 jan 2021, 12:45
Cooxupé Café Cafeicultura Agricultura Agronegócio
A seca proporcionará menor produção, mas ainda é preciso saber relação entre renovação e aumento de área (Imagem: Facebook da Cooxupé )

Um dado que não está totalmente claro em relação ao tamanho da quebra da safra de café este ano é o efeito da bienalidade da cultura, mais o impacto da seca. A alternância entre ano bom (2020) e ruim é comum, mas seu reflexo na produção total está diretamente associado ao quanto de área que será aproveitada para renovação das lavouras e o aumento da área plantada.

O superintendente da Expocaccer, Simão Pedro Lima, chama a atenção para essa característica para expressar cautela quanto aos números mais consolidados na safra a ser colhida a partir de maio. Quanto às consequências da seca não há mais dúvidas sobre os danos na produção.

O Grupo Monsanto Tavares, por exemplo, um dos principais players fora do mercado cooperativado, relatou possibilidade de quebra de 37% na produção do café tipo arábica, caindo para 31,2 milhões de sacas. E ajudou a motivar altas de mais de 300 pontos no pregão da quarta-feira (13).

“Enquanto os produtores aproveitam a safra de baixa, como esta agora, para ‘esqueletar’ (renovar), há também que considerar o aumento de área produtiva”, explica Lima.

Significa dizer que é preciso um levantamento mais preciso da quantidade de produtores, e de áreas, que farão o procedimento e a relação com o aumento geográfico das plantações nos últimos tempos. Além disso, há lavouras novas entrando em produção.

Em relação à produtividade, sim, há quebra, que pode variar de 18% a 20%, mas a oferta total nem sempre é tão comprometida da mesma maneira que pé contra pé entre um ano e outro.

Mesmo na Expocaccer, sediada no Cerrado mineiro, o maior estado produtor e exportador da variedade arábica, ainda é prematuro para o superintendente garantir. Final de fevereiro estará mais claro.

De acordo com o superintende, os produtores e alguns levantamentos em parceria com o Sebrae, estão relatando perdas de 30% a 40%, somando o efeito da seca sobre o café em 2020.

Em 2020, a cooperativa recebeu em torno de 1,650 milhão de sacas, sendo 40% enviadas para fora do País.

Os preços atuais são considerados bons para a Expocaccer, mas Simão Pedro Lima não crava um teto alvo.

Nesta quinta (14), os contratos de março e maio estão em ajustes técnicos, após a forte alta da véspera, e recuam em torno de 0,50%, 124,15 centavos de dólar por libra-peso e 126,15 c/lp, respectivamente, na Bolsa de Nova York, ao redor das 12 horas (Brasília).

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