Educação, transportes e comunicação: Veja o que vai ajudar a inflação a desacelerar em março
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve continuar subindo no quarto mês de 2024, mas de maneira mais branda. O dado será divulgado nesta quarta-feira (10), às 9h, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Segundo especialistas, os grupos de educação, transportes e comunicação justificam a desaceleração esperada para a inflação de março, em relação a fevereiro — quando o índice subiu 0,83%.
A Warren Investimentos projeta uma alta de 0,24% no IPCA de março e variação de 4,01% em 12 meses.
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A estrategista de inflação da Warren, Andréa Angelo, destaca que há risco baixista nos grupos de alimentação e comunicação, somados em uma estimativa de queda de 0,06 ponto percentual (p.p.). Por outro lado, o risco altista vem de despesas pessoais e saúde e cuidados pessoais, com avanço de 0,04 p.p.
As projeções da Warren para os próximos meses apontam para uma variação de 0,39% no IPCA de abril e 0,30% em maio.
Para 2024, a corretora projeta um IPCA de 3,97%, considerando um balanço de riscos baixista. Já para 2025, a aposta é de 3,75%, com risco altista.
IPCA: O que esperar dos dados de inflação de março?
Angelo, da Warren, enxerga um cenário de desaceleração na educação, especialmente pela incidência do reajuste dos cursos regulares em fevereiro. O segmento deve contribuir com uma queda de 0, 28 p.p. na desaceleração do IPCA de março.
Em sequência, o grupo de transportesajuda a explicar a potencial baixa 0,18 p.p. de desaceleração na margem. Boa parte do movimento deve ser explicada pela gasolina, que deixa a alta de 2,93% e pode ter variação de 0,25%.
Já o grupo comunicação deve mostrar a desaceleração dos itens que subiram no primeiro bimestre. Combo de telefonia, internet e tv por assinatura são os subitens que terão maiores variações.
Angelo também enxerga um cenário de desaceleração no segmento de alimentação no domicílio, especialmente devido ao arroz e alimentos in natura — tubérculos, segundo a estimativa, terão arrefecimentos de preços mais expressivos. O grupo contará com variação de 0,86%, vindo de 1,12% em fevereiro.
