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Educação: Santander eleva projeções para Anima, Estácio, Kroton e Ser em 2018

13 dez 2017, 11:26 - atualizado em 13 dez 2017, 11:28

O Santander aumentou em uma média de 46% os preços-alvo estimados para as ações de empresas de ensino superior na B3 ao traçar as perspectivas para 2018. O analista João Noronha elevou a recomendação de Estácio (YDUQ3) para “compra”, a mesma atribuída a Ser (SEER3), enquanto deixou Kroton (KROT3) e Anima (ANIM3) em “manutenção”.

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Na visão dele, segundo relatório enviado a clientes, há duras lições ao setor no curto prazo. Cita o amadurecimento da base do Fies após os anos de pico em 2013-2014, o aumento da concorrência no ensino à distância – mais de 550 novos polos operacionais – com tíquete médio menor e a possibilidade de maiores provisões contra inadimplência.

Olhando à frente, Noronha reitera o potencial de longo prazo do setor. “Destacamos o mercado pouco penetrado (em 51%, ante 70% na OCDE) e fragmentado (as 10 maiores empresas têm 46% das matrículas) – características que acreditamos que compensarão o enfraquecimento dos fatores demográficos (a faixa etária entre 18-29 anos deve cair 6,5% até 2030) e a queda no financiamento público do ensino superior.”

Estácio (ESTC3)

Boa parte do aumento de 46% nos preços-alvo do setor deriva dos 100% no preço-alvo da Estácio, de R$ 18 para R$ 36 ao fim de 2018. Sem essa revisão, a elevação setorial é de 28%. João Noronha vê na tese de investimento uma combinação de tendência positiva de eficiência operacional com uma assimetria favorável no valuation em relação às outras companhias. “A Estácio é nossa principal recomendação no setor.” O analista projeta uma expansão da margem da Estácio para 27,9% em 2018 e para 30,7% em 2020.

Ser Educacional (SEER3)

O analista do Santander melhorou o preço-alvo para a Ser ao fim de 2018 de R$ 33 para R$ 37. Ele destaca “sólidas perspectivas” para crescimento orgânico, a partir da expansão contratada no segmento presencial e EAD, “com potencial de alta trazido por fusões e aquisições”. A respeito dessa via, Noronha menciona o aumento de capital de R$ 391,6 milhões.

Anima Educação (ANIM3)

João Noronha atualizou o preço-alvo para Anima ao fim de 2018 de R$ 18 para R$ 29. “Vemos a Anima como uma empresa de qualidade diferenciada no setor”, diz. Ele projeta 10 novas unidades da empresa até 2019 e eficiência de custos, “com seu principal projeto sendo a implementação de um novo modelo acadêmico”.

Kroton (KROT3)

A estimativa para o preço-alvo de Kroton ao fim de 2018 passou de R$ 17 para R$ 19. “A nosso ver, a Kroton tem a melhor execução da categoria dentre as empresas de ensino superior em nosso universo de cobertura. Entretanto, esperamos que falte momento à ação no próximo ano”, escreve o analista. Para ele, a Kroton é negociada e um P/L para 2018 de 13,9x.