Delegado Waldir: “Não sou subordinado a nenhum governador ou presidente”; Veja vídeo
Em mais uma reviravolta na disputa interna do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), seu filho, foi formalizado como o novo líder da legenda na Câmara dos Deputados.
O deputado Delegado Waldir (PSL-GO), líder até então, que na semana passada lutou para se manter no posto e adotou uma postura de enfrentamento com o presidente e com o grupo que apoiava Eduardo, divulgou vídeo nesta segunda-feira acatando a decisão e colocando-se à disposição do novo líder.
“Não sou subordinado a nenhum governador ou presidente, mas sim ao meu eleitor. E vou continuar defendendo todas prerrogativas do Parlamento. Nós não rasgamos a Constituição ainda (…). A Constituição prevê que o Executivo não deve interferir no Parlamento, em nenhuma ação”, destacou o deputado.
“Aceitamos democraticamente uma nova lista que foi feita por parlamentares. Já estarei à disposição do novo líder para, de forma transparente, passar para ele toda a liderança do PSL”, disse Waldir.
Delegado Waldir caiu: Eduardo Bolsonaro é o novo líder do PSL pic.twitter.com/gdSunA9izo
— andré shalders (@andreshalders) October 21, 2019
A nova lista foi apresentada às 9h30 desta segunda-feira à Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Casa para nomear Eduardo, que já consta no sistema da Câmara como o novo líder.
Segundo a assessoria do líder do governo na Câmara, Vitor Hugo (PSL-GO), o deputado protocolou às 9h30 desta segunda-feira a nova lista, com 29 assinaturas.
O PSL vive nas últimas semanas uma disputa interna entre o grupo de Jair Bolsonaro e seus filhos, e uma ala concorrente que apoia o presidente da sigla, deputado Luciano Bivar (PE).
Na última semana, foram apresentadas duas listas para tentar nomear Eduardo como líder do partido na Câmara no lugar de Waldir, ligado a Bivar, mas não conseguiram efetuar a troca.
Na sexta-feira, em um contra ataque, a ala de Bivar e Waldir decidiu, em uma reunião partidária, suspender 5 deputados que apoiam Bolsonaro. Caso ficassem de fato suspensos, estariam impedidos de assinar uma nova lista para destituir o líder.
Mas, segundo Vitor Hugo, Bivar teria voltado atrás e informado à Câmara de sua decisão, deixando os parlamentares em plenas condições de assinar a lista.