Ibovespa EDP tem trimestre fraco, mas estratégia de comercialização é correta
A XP Investimentos apresentou uma avaliação negativa para os resultados do terceiro trimestre da EDP (Energias do Brasil (ENBR3)), uma vez que os dados vieram abaixo das expectativas do consenso do mercado. Apesar disso, a corretora afirmou que a estratégia de comercialização da empresa é a correta na maioria dos casos.
“O motivo dos resultados da EDP terem vindo abaixo do esperado foi que o terceiro trimestre refletiu uma combinação adversa de baixa incidência de chuvas e preços mais baixos de energia no mercado de curto prazo em relação ao mesmo trimestre do ano anterior”, explicou a XP. “Isso afetou negativamente os resultados dos segmentos de geração hidrelétrica e comercialização de energia”.
Os resultados da planta de geração à carvão da companhia (Termelétrica Pecém) também vieram abaixo do esperado por conta de maiores custos com compra de energia.
Apesar disso, a corretora destacou no campo positivo “as menores perdas não-técnicas das distribuidoras EDP São Paulo e EDP Espírito Santo e a redução de custos gerenciáveis da de -4,4% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior”.
“Continuamos a ver a EDP como excessivamente descontada devido à (1) boa execução de projetos de transmissão, (2) revisões tarifárias das distribuidoras EDP São Paulo e Espírito Santo e (3) sólida geração de caixa do portfólio de usinas de geração de energia”, concluiu.
A recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 26 por ação e potencial de valorização de 40,39%.
Balanço trimestral
A EDP registrou lucro líquido de R$ 354 milhões no terceiro trimestre deste ano, alta de 15,3% na comparação com o mesmo período de 2018, de acordo com o balanço divulgado ontem (23).
O Ebtida atingiu R$ 778,8 milhões, crescimento de 14,6% na mesma base comparativa.
Os investimentos da companhia chegaram a R$ 562,2 milhões, um aumento de 41,2% comparado ao ano anterior.
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