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Edital para contratação de gás do Gasig deve sair até setembro, diz NTS

25 ago 2022, 10:30 - atualizado em 25 ago 2022, 10:30
Petrobras
Entre os contratantes de capacidade do Gasig, espera-se a Petrobras e outras petroleiras que atuam na região do pré-sal (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O edital da chamada pública para a contratação de capacidade de transporte do Gasoduto Itaboraí-Guapimirim (Gasig), da Nova Transportadora do Sudeste (NTS), deve ser publicado pela reguladora ANP até setembro, disse à Reuters o diretor comercial da companhia, Hélder Ferraz.

A operadora de gasoduto NTS, que pertence a um fundo de investimentos administrado pela Brookfield Brasil Asset Management, prevê que o Gasig entre em operação em 2023, aumentando a capacidade de transporte de gás do pré-sal para consumidores do Sudeste.

Entre os contratantes de capacidade do Gasig, espera-se a Petrobras e outras petroleiras que atuam na região do pré-sal.

“A partir do momento em que o duto estiver disponível, esperamos que os produtores do pré-sal já tenham esses contratos de compra e venda celebrados com consumidores, que a Petrobras, Shell e outras já tenham esses contratos celebrados”, disse Ferraz.

O Gasig vai conectar a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) da Petrobras, em Itaboraí, ao gasoduto Cabiúnas-Reduc, que pertence à própria NTS.

Embora seja relativamente curto, com 11 quilômetros, quando estiver pronto o Gasig terá capacidade de transportar 18,2 milhões de metros cúbicos de gás por dia, representando um incremento de aproximadamente 32% à atual demanda da NTS, de cerca de 55 milhões de metros cúbicos.

Menores custos

A empresa também estima que haverá uma economia de pouco mais de 100 milhões de reais em relação ao previsto inicialmente para o projeto.

“A EPE estimou, em 2013, que a construção custaria cerca de 113 milhões de reais. Esse valor, hoje, seria em torno de 311 milhões de reais. Nós devemos concluir por cerca de 230 milhões de reais”, disse Ferraz.

A redução é atribuída pelo diretor a uma maior eficiência no planejamento e na execução das obras, além de uma menor escalada nos preços do aço, principal matéria-prima do empreendimento.

“Primeiro foi o fato de tomarmos a decisão de construir no período seco. Se fizéssemos no período de chuvas, teríamos tido muitas dificuldades de fazer a instalação pelo preço que conseguimos. E em segundo lugar, o custo do aço e da mão-de-obra, que esperávamos que explodiria no pós-pandemia, foi muito mais competitivo do que estimávamos”, disse Ferraz.

A obra física do gasoduto começou em março e, segundo o diretor, quatro dos 11 quilômetros do gasoduto já estão prontos. A expectativa é que a construção esteja 100% concluída até o final do ano.

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