Economistas podem perder o Registro Profissional para atuar no mercado; entenda
O deputado estadual Leonardo Siqueira (Novo-SP) levou ao presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), uma proposta da criação de um Projeto de Lei (PL), que concede a não obrigatóriedade de um Registro Profissional no Conselho Regional de Economia (Corecon) aos economistas atuem na área.
Segundo Siqueira, o mercado para esses profissionais ainda é fechado e, dessa forma, a área acaba tendo uma má alocação de recursos.
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Registro Profissional: o Projeto de Lei
Dentro da indicação da PL, o deputado citou uma anuidade acima de R$ 560 para economistas registrados Corecon-SP em 2023.
“Da mesma maneira que os economistas argumentam favoravelmente à abertura de mercado para gerar mercados mais competitivos e potencialmente reduzir desigualdades, não há razão para limitar a atuação de profissionais apenas para atender interesses de burocratas. Como em outras áreas, o sistema de mercado valorizará os bons profissionais e penalizará os maus”, escreve em documento.
No entanto, Pedro Afonso Gomes, presidente do Corecon-SP, contestou os argumentos do deputado, visto que o órgão, segundo ele, tem como função fiscalizar os profissionais e proteger a sociedade.
“Nós sabemos bem que um economista pode trabalhar de forma incorreta. Ele pode fazer, por exemplo, um planejamento de forma indevida de uma cidade, um estado ou um país e causar a morte de muita gente por fome e falta de emprego”, diz.
Além disso, Gomes apontou que, apesar de Siqueira ser bacharel em economia, o mesmo não tem registro no Corecon-SP.
O presidente também afirma que não há nada de burocrático e nem mesmo exagerado no procedimento, visto que a anuidade representa cerca de R$ 1,50 por dia.
“Eu não consigo imaginar que isso seja peso para ninguém, porque o economista que faz um bom trabalho vai ganhar, inicialmente, um salário 10 vezes maior do que a anuidade”, aponta.
A proposta de Siqueira foi protocolada na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) para que possa ser encaminhada ao Congresso Nacional, para verificação.
* Com informações da Folha de S.Paulo