3 sinais para saber se os EUA vão se recuperar (e em que velocidade)
Quando se trata de prever ou limitar os estragos de curto prazo que o Covid-19 causará nos Estados Unidos, economistas e governo não podem ajudar muito.
O que acontecerá depois que o vírus for controlado é uma história diferente. A força ou fraqueza da recuperação do país, quando aconteça, será fortemente influenciada pelas ações tomadas agora e nos próximos meses.
Economistas apontaram para três áreas fundamentais que, segundo eles, serão mais importantes. Por um lado, a velocidade da ajuda a pequenas e médias empresas.
Um segundo ponto é o nível de apoio aos estados e cidades ao longo deste ano. E, terceiro, algo – qualquer coisa – que recupere a confiança de indivíduos e empresas para a volta à normalidade.
Uma recuperação em forma de V pode não ser realista, mas medidas eficazes em cada uma dessas frentes podem ajudar a fazer a diferença entre uma retomada energética e uma recessão que seja duradoura ou até catastrófica.
“Para onde estamos indo a longo prazo pode ser moldado, com eficácia atípica, por decisões de política que acontecem agora”, disse Kartik Athreya, diretor de pesquisa do Fed de Richmond.
A natureza sem precedentes da atual retração econômica torna quase impossível para especialistas preverem o quanto pode piorar. Afinal, seus modelos dependem muito da experiência histórica documentada.
Por isso, não surpreende que as previsões mostrem um intervalo impressionante. As estimativas para o crescimento anualizado do PIB dos EUA no segundo trimestre enviadas à Bloomberg desde 10 de abril variam de -65% a 0,4%.
Economistas dispõem de muito menos ferramentas quando se trata de recomendar qualquer receita para melhorar as perspectivas de curto prazo.
Com a saúde pública como prioridade, a política se concentra em reduzir temporariamente atividades que impulsionam setores inteiros do comércio.
O governo federal dos EUA lançou estímulos significativos. No final de março, o Congresso destinou mais de US$ 2 trilhões para aumentar os benefícios de seguro-desemprego, enviar ajuda direta a famílias de baixa e média renda, oferecer subsídios para pequenas empresas e prestar socorro a companhias aéreas e outras grandes empresas.
O presidente Donald Trump aprovou rapidamente a legislação.
Congressistas avaliam a oferta de mais financiamento para pequenas empresas. O Federal Reserve também anunciou uma série de novos programas de empréstimos de emergência capazes de mobilizar outros trilhões.
Mas realmente necessário agora é o rápido desembolso de recursos. E, até agora, mais de três semanas após o anúncio das primeiras medidas de quarentena, muito pouco dinheiro foi entregue.