Política

Economista Gabriel Galípolo será anunciado como secretário-executivo de Haddad

13 dez 2022, 13:07 - atualizado em 13 dez 2022, 13:11
Haddad
Galípolo foi convidado, aceitou o cargo número dois na hierarquia do ministério e será anunciado no final da tarde desta terça-feira (Imagem: Agência Brasil)

O economista Gabriel Galípolo deverá ser o secretário-executivo do Ministério da Fazenda durante a gestão de Fernando Haddad, disseram à Reuters duas fontes que acompanharam as conversas.

Segundo uma delas, Galípolo foi convidado, aceitou o cargo número dois na hierarquia do ministério e será anunciado no final da tarde desta terça-feira.

O economista, ex-presidente do banco Fator, é muito próximo do futuro ministro e também do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.

Na manhã desta terça, foi o único da equipe técnica de Haddad a participar da reunião com o atual ministro, Paulo Guedes, e a equipe do ministério.

De acordo com a segunda fonte, que esteve no ministério, Galípolo foi apresentado como futuro secretário-executivo.

Hoje conselheiro da Federação das Indústrias de São Paulo, Galípolo se aproximou de Lula ainda em 2021, quando o ex-presidente, ao conhecer algumas de suas ideias, mandou seus assessores o procurarem porque queria conhecê-lo pessoalmente.

No último ano, o economista passou a ser um dos principais conselheiros econômicos de Lula e se tornou amigo de Haddad, com quem inclusive dividiu a autoria de artigos e publicações.

No último ano, o economista passou a ser um dos principais conselheiros econômicos de Lula e se tornou amigo de Haddad (Imagem: Facebook/Lula)

Uma das colaborações de ambos é um artigo sobre a criação de uma moeda comum para a América do Sul para facilitar a integração econômica na região, possibilidade que foi citada por Lula em discursos.

Galípolo também foi um dos responsáveis por fazer pontes entre Haddad e o mercado financeiro e bancário, tentando dirimir as resistência do setor ao futuro ministro da Fazenda.

Pela proximidade com Haddad, Galípolo sempre foi apontado como um dos nomes possíveis para a equipe econômica, e chegou a ser cotado para a presidência do BNDES.

O banco, no entanto, no novo desenho da Esplanada passará a ficar sob o comando do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.