Internacional

Economias da América Latina e do Caribe precisam intensificar estímulos na crise, diz Cepal

06 out 2020, 15:12 - atualizado em 06 out 2020, 15:12
Coronavírus - Testes
A pandemia tem atingido a América Latina de forma particularmente forte, levando a economia da região a uma contração estimada em 9,1% este ano, a pior desde o início dos registros em 1900, afirmou a Cepal (Imagem: REUTERS/Rodolfo Buhrer)

Os países da América Latina e do Caribe devem continuar a induzir estímulos para conter os impactos econômicos devastadores da pandemia do coronavírus, disse uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) em relatório divulgado nesta terça-feira.

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) incitou governos a buscarem financiamento para garantir os programas necessários para combater o aumento da pobreza e do desemprego.

“O esforço nacional deve vir acompanhado de uma maior mobilização de recursos externos, por meio de acesso a… financiamentos sob condições favoráveis, tanto nos mercados internacionais como por parte das instituições financeiras internacionais”, disse o relatório.

A pandemia tem atingido a América Latina de forma particularmente forte, levando a economia da região a uma contração estimada em 9,1% este ano, a pior desde o início dos registros em 1900, afirmou a Cepal em julho.

No relatório desta terça-feira, a agência disse que uma recuperação total dependia de os países da região manterem “políticas fiscais e monetárias expansionistas”, para impulsionar a demanda e evitar impactos nas taxas de câmbio e nos fluxos de capital.

No geral, a agência previu que os gastos públicos na região saltariam a 25,4% do Produto Interno Bruto (PIB), acima dos 21,7% registrados em 2019, disse o relatório.

A estagnação do mercado de trabalho, recuo na poupança e queda acentuada nas remessas –uma fonte crucial de renda para as famílias em algumas economias da região– provavelmente permanecerão fontes de incerteza, no entanto.

“As consequências que isso deixará em termos de desemprego e pobreza entre os migrantes e suas famílias em seus países de origem levarão anos para se recuperar aos níveis pré-pandêmicos”, disse a agência.

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