Economia

Economia se estabiliza em abril, mas sinais são de tração ao longo do ano, avalia BofA

06 maio 2022, 17:06 - atualizado em 06 maio 2022, 17:06
Supermercados
Porém, o BofA aponta melhora na leitura do indicador pela média móvel de três meses, que avançou de -0,52 ponto em março para -0,44 ponto em abril (Imagem: Geraldo Bubniak/AEN)

Um indicador do Bank of America para a atividade econômica brasileira ficou “relativamente estável” em abril, após em março encerrar uma sequência de 11 quedas consecutivas, e o ímpeto da economia parece ganhar tração, o que respalda inclinações para cima nas projeções à atividade em 2022.

O indicador coincidente de atividade calculado pelo BofA caiu para -0,46 ponto em abril, contra -0,32 ponto em março (dado revisado ante leitura inicialmente divulgada de -0,41 ponto).

O “tracker” do banco visa ajudar a avaliar melhor a taxa de crescimento subjacente da economia e antecipar pontos de inflexão nos dados. O indicador está em território negativo desde setembro de 2021, o que ainda sugere que a atividade continua “modesta”.

Porém, o BofA aponta melhora na leitura do indicador pela média móvel de três meses, que avançou de -0,52 ponto em março para -0,44 ponto em abril, indicando que a atividade econômica ganhou ímpeto e com expectativa de que continue a se fortalecer.

A instituição financeira espera que o salto nos preços da commodities que tem beneficiado a economia brasileira decorrentes dos conflitos entre Rússia e Ucrânia resulte em gatilhos para crescimento doméstico.

O BofA prevê avanço de 0,5% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 e de 0,3% no primeiro trimestre sobre os três meses anteriores (aumento de 0,6% em relação ao mesmo trimestre de 2021).

De acordo com o banco, a continuidade do ciclo de aperto monetário pelo Banco Central e tensões políticas que devem crescer com a aproximação das eleições em outubro poderão ter compensações.

“O impulso externo devido à melhora nos termos de troca brasileiros e ao aumento do estímulo fiscal advindo dos cortes de impostos pelo governo e de maiores gastos devem afetar positivamente a renda privada, potencialmente amortecendo a perda de poder de compra devido à alta inflação”, afirmou o BofA em relatório desta semana.

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