Política

Economia está ajustada, não tem solavanco, diz Bolsonaro após se reunir com Guedes

22 out 2021, 15:31 - atualizado em 22 out 2021, 15:56
Paulo Guedes e Jair Bolsonaro
A declaração foi dada após o presidente se reunir com o ministro da Economia, Paulo Guedes, em meio a rumores de que o chefe da economia no governo estaria demissionário. Bolsonaro e Guedes estavam juntos no pronunciamento (Imagem: Flickr/Edu Andrade//Ascom/ME)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que o governo não fará nenhuma aventura, que a economia está ajustada e que não haverá “solavanco”.

A declaração foi dada após o presidente se reunir com o ministro da Economia, Paulo Guedes, em meio a rumores de que o chefe da economia estaria demissionário. Bolsonaro e Guedes estavam juntos no pronunciamento, em que reforçaram compromissos fiscais do governo.

“Nós entendemos que a economia está ajustada, não existe solavanco, não existe nenhum descompromisso da nossa parte”, disse o presidente.

Segundo Bolsonaro, o governo decidiu pela ampliação de auxílio a famílias de baixa renda, diante da pandemia, que ainda oferece incertezas, mas reforçou que não deseja colocar em risco a gestão da economia.

Ainda assim, argumentou o presidente, o valor médio até então oferecido pelo Bolsa Família, de cerca de 190 reais, é insuficiente para os mais necessitados. Por isso, após meses de estudo, o governo chegou à proposta de oferecer 400 reais em média de auxílio até dezembro de 2022.

“Esse valor decidido por nós tem responsabilidade. Não faremos nenhuma aventura, não queremos colocar em risco nada no tocante à economia”, disse Bolsonaro.

Para garantir essa ampliação do auxílio, o governo propôs uma modificação na PEC dos Precatórios, aprovada em comissão especial da Câmara na véspera.

A mudança em questão altera janela de correção do teto de gastos pelo IPCA, para abrir um espaço para novos gastos de 83 bilhões de reais no Orçamento do ano que vem.

“Esse valor decidido por nós tem responsabilidade. Não faremos nenhuma aventura, não queremos colocar em risco nada no tocante à economia”, disse Bolsonaro (Imagem: Flickr/Marcos Corrêa/PR)

A medida gerou forte reação do mercado na quinta-feira e momentos de tensão quando o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, bem como seus adjuntos, encaminharam seus pedidos de exoneração dos cargos.

Boatos em torno da saída do ministro mexiam com os preços dos ativos nesta manhã, guiando a alta do dólar e a queda da bolsa de valores.

Mais cedo, Guedes chegou a cancelar participação que faria em evento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) nesta sexta, segundo a assessoria de imprensa da entidade –o que ajudou a alimentar os rumores.

Além da ampliação do auxílio, Bolsonaro voltou a mencionar benefício a caminhoneiros autônomos de 400 reais em virtude da alta dos combustíveis.

(Atualizada às 15:56)