Internacional

Economia dos EUA expande-se modestamente e tensões comerciais pesam, mostra pesquisa do Fed

15 jan 2020, 17:58 - atualizado em 15 jan 2020, 17:58
Federal Reserve EUA
O Fed cortou a taxa de juros três vezes em 2019, invertendo o direcionamento após três anos de aumentos periódicos nas taxas (Imagem: Reuters/Kevin Lamarque)

A economia dos Estados Unidos expandiu-se em um ritmo modesto nas últimas seis semanas de 2019, mas a incerteza sobre a política comercial norte-americana continuou prejudicando as empresas, informou uma pesquisa realizada pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) nesta quarta-feira.

“Em muitos distritos, as tarifas e as incertezas comerciais continuam a pesar em algumas empresas”, afirmou o Fed no relatório, compilado a partir de evidências derivadas de contatos comerciais em todo o país.

O presidente norte-americano, Donald Trump, e o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, assinaram um acordo comercial inicial na Casa Branca nesta quarta-feira, após 18 meses de pesadas tarifas retaliatórias entre as duas maiores economias do mundo que afetaram as cadeias de suprimentos e desaceleraram a economia global.

O Fed cortou a taxa de juros três vezes em 2019, invertendo o direcionamento após três anos de aumentos periódicos nas taxas. O presidente do Fed, Jerome Powell, caracterizou os cortes nas taxas como um seguro contra a desaceleração global, as tensões comerciais e a inflação moderada, com objetivo de manter a maior expansão econômica já registrada.

Desde então, os formuladores de políticas monetárias do Fed deixaram claro que pretendem manter as taxas de juros inalteradas em um futuro próximo, mencionando um impulso para a economia advindo dos cortes do ano passado, além do alívio das tensões na guerra comercial entre EUA e China.

Mas os formuladores de política monetária do Fed alertaram que um acordo comercial parcial não eliminará preocupações das empresas, já que as tarifas dos EUA na China devem seguir em vigor até que a “segunda fase” do acordo seja assinado.

O último relatório sobre a economia do Fed mostrou que, antes da assinatura do acordo, muitos distritos ainda estavam sofrendo. O Fed de Richmond, no Estado de Virgínia, informou que muitos fabricantes em seu distrito citaram as tensões comerciais como uma grande preocupação.

“Muitos aumentaram os preços dos produtos finais, mas enfrentaram baixas margens de lucro devido às tarifas de matérias-primas”, afirmou o relatório.

O Livro Bege foi produzido pelo Fed de Nova York com informações coletadas até 6 de janeiro.

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