Economia

Economia do Brasil cresce em junho, mas termina 2º trimestre com perda recorde de 10,94%

14 ago 2020, 10:20 - atualizado em 14 ago 2020, 10:20
Consumo Varejo
O recuo recorde no segundo trimestre soma-se à contração de 1,97% vista no primeiro trimestre ante os três meses anteriores (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

A pandemia de coronavírus levou a atividade econômica do Brasil a despencar um recorde de 10,94% no segundo trimestre diante das medidas de isolamento para conter a Covid-19, mas o ritmo da atividade ganhou força no final do período enquanto a economia caminha para retornar aos níveis pré-pandemia.

O recuo recorde no segundo trimestre soma-se à contração de 1,97% vista no primeiro trimestre ante os três meses anteriores, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB).

Em junho, o IBC-Br mostrou alta de 4,9% na comparação com o mês anterior, em dado dessazonalizado informado pelo BC nesta sexta-feira, no melhor resultado da série iniciada em janeiro de 2003 como resultado da baixa base de comparação.

A leitura também foi melhor do que a expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 4,70% na comparação mensal.

O IBC-Br mostra que o maior impacto das medidas de contenção da Covid-19 foi percebido em março (-6,12% sobre o mês anterior) e abril (-9,62%), meses de perdas recordes. Desde então a atividade vem indicando melhora na base mensal, com alta em maio de 1,6%.

O IBC-Br também mostra que a atividade econômica caminha para retornar aos níveis de fevereiro, antes das paralisações para contenção ao coronavírus. Em abril o índice despencou a 118,61, mas avançou em junho 126,38, em dados dessazonalizados. Em fevereiro o IBC-Br tinha sido de 139,80.

O IBGE divulgará os dados do PIB do segundo trimestre em 1º de setembro.

Na comparação com junho de 2019, o IBC-Br apresentou perda de 7,05% e, no acumulado em 12 meses, teve recuo de 2,55%, segundo números observados.

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