Economia

Economia deve crescer 1,1% este ano e 2,3% em 2020, prevê Ipea

19 dez 2019, 15:05 - atualizado em 19 dez 2019, 15:05
Conforme o Ipea, a recuperação da economia ganhou fôlego nos últimos meses (Imagem: Reuters/Jason Lee)

O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, deve ter crescimento de 1,1% este ano e de 2,3% em 2020. A previsão é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgada hoje (19), no Rio de Janeiro. Segundo a análise, a expectativa de crescimento no quarto trimestre de 2019 é de 0,4%.

A estimativa anterior do Ipea era de aumento de 0,8% no PIB em 2019. Para 2020, o PIB foi revisto de 2,1% para 2,3%.

A projeção do Ipea é muito próxima da divulgada hoje pelo Banco Central (BC), em Brasília. Segundo o BC, a previsão para a expansão do PIB em 2019 passou de 0,9%, previsto em setembro, para 1,2%. Para 2020, a projeção para o crescimento do PIB foi revisada de 1,8% para 2,2%.

Conforme o Ipea, a recuperação da economia ganhou fôlego nos últimos meses, puxada, principalmente, pelo consumo das famílias e por investimentos.

De acordo com o diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, José Ronaldo Souza Júnior, a projeção de um cenário mais positivo para 2020 baseia-se em dois fatores: a redução das taxas de juros como consequência da queda da taxa básica de juros – atualmente a Selic está em 4,5% ao ano – e o encaminhamento da agenda de reformas como a tributária, a administrativa e a do pacto federativo.

“A redução da taxa de juros estimula o crescimento tanto do consumo quanto do investimento. O outro ponto é o aumento da confiança, que a gente está se baseando nessa continuidade do cenário de reformas, que também estimula o investimento em infraestrutura”, destacou.

Inflação

O estudo do Ipea projeta inflação de 3,7% para 2019 – 0,3 ponto percentual acima da previsão anterior. Para o ano que vem, a projeção de inflação é de 3,76%.

“Um dos itens que mais contribuiu para a variação da inflação este ano foi a carne bovina. A peste suína africana, que atingiu fortemente a China, aumentou a demanda externa por carne bovina – as exportações brasileiras do produto cresceram 30% entre setembro e outubro, fazendo com que o preço subisse 8,09% em novembro e puxando a inflação para cima. A alta acumulada de 12 meses até novembro foi de 14,4%. Com a carne bovina mais cara, a procura por aves, suínos e ovos subiu, assim como o preço dessas proteínas”, disse o Ipea.

Para José Ronaldo Souza Júnior, esse aumento no preço das carnes deve diminuir no início do ano que vem. “O impacto maior de curto prazo no preço tende a se dissipar porque esse aumento muito grande das exportações tende a ir para um ritmo mais normal para o próximo ano. Esse impacto de curto prazo que foi de aumento do preço aqui no Brasil para ficar mais próximo do preço internacional deve se dissipar e o preço internacional não está oscilando tão fortemente como o que a gente viveu aqui”, finalizou.

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