Economia

Economia deve crescer 0,3% do 1º para o 2º trimestre, diz FGV

20 ago 2018, 10:22 - atualizado em 20 ago 2018, 10:23

Indústria

A atividade econômica do país deverá fechar o segundo trimestre do ano com crescimento de 0,3% em relação ao primeiro trimestre, na série livre de influências sazonais.

A previsão consta do Monitor do PIB-FGV, divulgado hoje (20), no Rio de Janeiro, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). É a segunda taxa positiva consecutiva nesta base de comparação.

Como decorrência, em termos monetários, as projeções do Produto Interno Bruto (PIB – a soma de todos bens e serviços produzidos pelo país), em valores correntes, alcançaram  R$ 3 trilhões, 467 bilhões, 157 milhões no acumulado do ano até junho.

Na variação mensal, os dados da FGV indicam que as previsões do monitor apontam para um crescimento do PIB de 3,3% em junho, quando comparado a maio, quando o resultado foi negativo em 2,6% sobre abril.

Na comparação interanual, as projeções da atividade econômica indicam crescimento de 1,2% no segundo trimestre, comparativamente ao segundo trimestre do ano passado, e 2,4% na comparação junho 2018/junho 2017.

Economia tem lenta recuperação, diz economista

Na avaliação do coordenador do monitor, Claudio Considera, os números indicam que a economia continua sua lenta trajetória de recuperação.

“O crescimento positivo de 0,3% do PIB no segundo trimestre indica que, a despeito dos impactos negativos que a greve dos caminhoneiros ocasionou na economia em maio, estes efeitos foram, em grande parte, revertidos em junho”, disse.

Segundo o economista, “mesmo com o trimestre tendo sido encerrado com retrações em segmentos como indústria, formação bruta de capital fixo e exportação, houve crescimento da agropecuária, serviços e consumo das famílias, fazendo com que a economia prossiga na sua trajetória de lenta retomada”, afirmou.

Os números da FGV indicam, ainda, que o consumo das famílias apresentou crescimento de 1,8% no segundo trimestre, na comparação interanual, representando movimento decrescente após ter crescido 3,1% no trimestre móvel fechado em abril.

“Este resultado positivo teve forte contribuição do consumo de produtos duráveis, que expandiu 1 ponto percentual”, na mesma base de comparação.

Efeitos da greve dos caminhoneiros

Já a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) cresceu 4,1% no segundo trimestre, na comparação interanual, revertendo a redução do crescimento observado em maio, em decorrência da greve dos caminhoneiros.

“Todos os componentes melhoraram suas contribuições no segundo trimestre comparado aos resultados divulgados no trimestre móvel findo em maio; até mesmo a construção, que ainda está negativa, apresentou a melhor taxa (-1,0%) desde o 0,9% de maio de 2014.

Outra constatação é de que a taxa de investimento (FBCF/PIB), a preços constantes, foi de 18% no segundo trimestre.

A exportação retraiu 2,9% no segundo trimestre, na comparação interanual. Considerando os três grandes setores, apenas a exportação de produtos agropecuários apresentou crescimento (6,7%).

Já a importação cresceu 6,5% no segundo trimestre, na comparação interanual, com as maiores contribuições  vindo da importação de bens de capital, que cresceram 2,7 pontos percentuais e dos bens intermediários, com expansão de 2,6 pontos percentuais.

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