Economia desenha soluções privadas para grandes empresas afetadas pelo Covid-19, diz secretário
O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, afirmou nesta segunda-feira que a pasta está desenhando soluções privadas para auxílio a grandes empresas afetadas pela crise da pandemia do novo coronavírus.
Em videoconferência promovida pela Amcham Brasil, o secretário afirmou que, “na média”, as grandes empresas conseguiram obter um volume de crédito consideravelmente superior às pequenas e médias, mas setores específicos, como aéreo, automotivo e de energia elétrica, entre outros, enfrentam dificuldades extremas.
“Nós constituímos um consórcio dos maiores bancos brasileiros com o ministério da Economia, e nós desenhamos soluções específicas para cada setor”, disse.
Costa avaliou que o acesso a crédito, na ponta, ainda é um problema para pequenas e médias empresas, com exceção de alguns setores, tanto no Brasil como no mundo.
“A gente acha que vai ter que ter, realmente, garantia. E é o que estamos nos movendo, rapidamente, para o FGO (Fundo de Garantia de Operações), que é para micro e pequenas empresas”, disse, mencionando também o Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), do BNDES, como importante para destravar o crédito no país.
O Congresso aprovou recentemente projeto que determina o direcionamento de 15,9 bilhões de reais do Tesouro para o FGO, que é administrado pelo Banco do Brasil (BBAS3). Esses recursos vão servir como garantia para operações de crédito para micro e pequenas empresas.
O FGI servirá para alavancar a oferta de capital de giro para pequenas e médias empresas pelos bancos.
Costa também reforçou o impacto no longo prazo das iniciativas que estão sendo anunciadas em auxílio ao setor privado. “Medidas para ajudar o setor privado serão muito úteis ao preservar as empresas e não deixar que setor seja totalmente desestruturado e demoremos anos para recuperar o que construímos ao longo da nossa história”, disse.
Ventiladores pulmonares
O secretário disse que, a partir de medidas tomadas por uma força-tarefa coordenada pela sua secretaria, o parque industrial doméstico conseguirá elevar em breve a capacidade de produção de ventiladores pulmonares para 1.250 por semana, de patamar anterior de 180 por semana.
“Talvez o Brasil vá ser, do ponto de vista nacional, um dos primeiros países do mundo com capacidade de produção significativa e suficiente de ventiladores pulmonares da sua população”, afirmou.