Internacional

Economia da China pode cair 9% no 1º trimestre, diz Goldman Sachs

17 mar 2020, 10:18 - atualizado em 17 mar 2020, 14:56
China Mercados
O banco também reduziu sua previsão anual do PIB de 5,5% para 3% de crescimento (Imagem: REUTERS/Aly Song)

O Goldman Sachs disse nesta terça-feira que a economia da China provavelmente encolherá 9% no primeiro trimestre, destacando como o coronavírus está afetando as atividades comerciais normais, e o governo chinês relatou um aumento de casos novos da doença, a maioria deles importados.

O Goldman revisou sua estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre chinês de 2,5% de crescimento para uma contração de 9%, citando dados econômicos “surpreendentemente fracos” de janeiro e fevereiro que foram divulgados na segunda-feira.

O banco também reduziu sua previsão anual do PIB de 5,5% para 3% de crescimento.

Os casos importados de coronavírus superaram os casos de transmissão local pelo quarto dia consecutivo.

O risco crescente de casos importados levou algumas partes do país a endurecerem o monitoramento de viajantes estrangeiros, e nesta terça-feira o Ministério das Relações Exteriores chinês aconselhou seus cidadãos a evitarem viagens a países de risco alto.

A China continental teve 21 casos novos confirmados na segunda-feira, disse a Comissão Nacional de Saúde, mais do que os 16 do dia anterior. Dos casos novos, 20 envolveram viajantes infectados vindos de fora.

Para aumentar os temores de disseminação da doença, um homem recém-chegado da Espanha foi diagnosticado com o vírus –apesar de não exibir nenhum sintoma– e foi posto em observação e em quarentena, de acordo com um comunicado publicado no site da cidade de Mianyang, em Sichuan.

Outros 25 passageiros que estavam no mesmo voo do homem e dois de seus familiares também foram postos em quarentena, disse o comunicado.

Contrastando com o número cada vez maior de casos importados, a China continental só teve um caso de infecção transmitida localmente na segunda-feira em Wuhan, capital da província central de Hubei, onde a doença semelhante à gripe apareceu em humanos no final do ano passado.

A capital chinesa, Pequim, respondeu por nove dos casos importados novos, apesar de ter imposto restrições rígidas para verificar e isolar infecções vindas do exterior.

O aeroporto internacional de Pequim isolou uma zona especial para voos internacionais, e todos os passageiros que desembarcam são submetidos a exames médicos.

Nesta terça-feira, Xangai ampliou as medidas de quarentena em vigor para viajantes que visitaram recentemente o Reino Unido, Suíça, Suécia, Bélgica, Noruega, Holanda, Dinamarca e Áustria.

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