Internacional

Economia da China cresce no 1° trimestre, mas Bolsas fecham sem direção

18 abr 2023, 7:55 - atualizado em 18 abr 2023, 7:55
China, Banco Central da China
A economia da China cresceu 4,5% nos três primeiros meses do ano em relação ao mesmo período do ano anterior (Imagem: REUTERS/Tingshu Wang)

A economia da China cresceu em um ritmo mais rápido do que o esperado no primeiro trimestre, já que o fim das rígidas restrições contra a Covid aliviou empresas e consumidores afetados pelos problemas causados pela pandemia, embora a desaceleração global apontem para uma jornada acidentada pela frente.

O Produto Interno Bruto cresceu 4,5% nos primeiros três meses do ano em relação ao mesmo período do ano anterior, mostraram dados do Escritório Nacional de Estatísticas nesta terça-feira, acelerando ante taxa de 2,9% registrada no trimestre anterior.

O resultado ainda superou as previsões dos analistas de uma expansão de 4,0% e marcou o crescimento mais forte em um ano.

Os investidores têm observado de perto os dados do primeiro trimestre para avaliar a força da recuperação depois que Pequim suspendeu abruptamente as restrições contra a Covid em dezembro e aliviou uma repressão de três anos a empresas de tecnologia e incorporadoras. O crescimento do PIB no ano passado caiu para um dos piores em quase meio século devido às restrições pela Covid.

“A recuperação econômica está bem encaminhada. O ponto positivo é o consumo, que está se fortalecendo à medida que a confiança das famílias melhora”, disse Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management. “O forte aumento das exportações em março provavelmente também ajudou a impulsionar o crescimento do PIB no primeiro trimestre.”

As autoridades chinesas prometeram aumentar o apoio à economia de 18 trilhões de dólares para conter o desemprego, mas enfrentam espaço limitado de manobra enquanto as empresas lidam com riscos de dívida, problemas estruturais e preocupações com a recessão global.

A recuperação da China até agora permaneceu desigual, já que a mudança do crescimento alimentado por investimentos para uma atividade dependente do consumo enfrenta desafios.

Os gastos com consumo, serviços e infraestrutura aumentaram, mas a produção industrial ficou para trás em meio ao fraco crescimento global, enquanto a desaceleração dos preços e o aumento da poupança bancária estão levantando dúvidas sobre a demanda.

As exportações da China aumentaram inesperadamente em março, mas analistas alertaram que a melhora reflete em parte os fornecedores que estão tirando o atraso de pedidos não atendidos após as interrupções da Covid-19.

O porta-voz do escritório de estatísticas, Fu Linghui, disse em coletiva de imprensa que, embora tenha sido um bom começo para a economia, “o ambiente internacional ainda é complexo e em constante mudança, as restrições da demanda doméstica insuficiente são óbvias e a base para a recuperação econômica não é sólida”.

O crescimento da China no segundo trimestre pode aumentar acentuadamente devido ao baixo efeito de base do ano anterior, disse Fu.

Na comparação trimestral, o PIB cresceu 2,2% entre janeiro e março, em linha com as expectativas dos analistas e acima de um aumento revisado de 0,6% no trimestre anterior.

Analistas consultados pela Reuters esperam que o crescimento da China em 2023 acelere para 5,4%, ante 3,0% no ano passado. O governo estabeleceu uma modesta meta de crescimento do PIB de cerca de 5% para este ano, depois de não cumprir o objetivo de 2022.

Dados separados sobre a atividade em março mostraram que o crescimento das vendas no varejo acelerou para 10,6% em relação ao ano anterior, superando as expectativas e atingindo picos próximos de dois anos. Mas isso se deveu a um efeito de base baixa e há sinais de cautela entre os consumidores.

O crescimento da produção industrial também acelerou, a 3,9%, mas ficou um pouco abaixo das expectativas.

A taxa de desemprego baseada em pesquisa nacional da China caiu para 5,3% em março, de 5,6% em fevereiro, mas a taxa de desemprego para pessoas de 16 a 24 anos avançou para 19,6% no mês passado, de 18,1% em fevereiro.

O investimento em infraestrutura da China aumentou 8,8% no primeiro trimestre em relação ao ano anterior – superando um aumento de 5,1% no investimento geral em ativos fixos, enquanto o investimento imobiliário caiu 5,8%.

Bolsa de Valores

As ações da China e de Hong Kong fecharam sem direção comum nesta terça-feira, negociadas em uma faixa estreita, depois que o país registrou crescimento acima do esperado no primeiro trimestre mas alguns dados apontaram para tendências de recuperação desiguais.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 0,3%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,23%. O Índice Hang Seng, de Hong Kong, caiu 0,63%.

. Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,51%, a 28.658 pontos.

. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,63%, a 20.650 pontos.

. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,23%, a 3.393 pontos.

. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,30%, a 4.162 pontos.

. Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,19%, a 2.571 pontos.

. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,59%, a 15.869 pontos.

. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,29%, a 3.309 pontos.

. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,29%, a 7.360 pontos.

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
reuters@moneytimes.com.br
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar