Internacional

Economia alemã está presa em fase fraca, mas crise é improvável, diz ministério

14 out 2019, 10:44 - atualizado em 14 out 2019, 10:52
Recessão técnica esperada no terceiro trimestre ocorrerá após nove anos sucessivos de crescimento, alimentados por um ‘boom’ de exportações (Imagem: Bloomberg)

É improvável que a economia alemã caia em uma recessão prolongada, mesmo que esteja definhando em um ciclo de crescimento fraco, disse o ministério da Economia da Alemanha nesta segunda-feira.

A economia alemã deve ter leve contração no terceiro trimestre, como ocorreu no período de abril a junho, à medida que as exportações enfraquecem devido às incertezas ligadas à saída planejada do Reino Unido da União Europeia, bem como aos conflitos comerciais.

A recessão técnica esperada no terceiro trimestre ocorrerá após nove anos sucessivos de crescimento, alimentados por um ‘boom’ de exportações – principalmente para a China – e, mais recentemente, por um ciclo impulsionado pelo consumo e sustentado por baixas taxas de juros na Zona do Euro.

“Uma desaceleração mais forte ou uma recessão clara não são esperadas no momento”, disse o ministério. “A indústria alemã, orientada para a exportação, está enfrentando um comércio global fraco, a estagnação da produção global e a menor a demanda por carros”.

“A economia alemã permanece em estagnação”, acrescentou. “A atividade econômica está paralisada no nível existente”.

Economistas expressaram preocupação de que a desaceleração do setor manufatureiro se espalhe, mais cedo ou mais tarde, para outros setores da maior economia da Europa, cujo mercado de trabalho robusto está começando a sentir os efeitos do menor crescimento.

O ministério disse que o crescimento nos serviços e na construção compensava amplamente uma recessão no setor manufatureiro.

Os principais institutos econômicos da Alemanha reduziram suas projeções para o crescimento, prevendo uma expansão de 0,5% este ano e 1,1% em 2020.

O governo publicará suas previsões de crescimento nesta semana. Em abril, estimava um crescimento de 0,5% para 2019 e 1,5% para 2020.

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