Economia alemã deve contrair cerca de 6,6% em 2020, estima instituto Ifo
O instituto econômico alemão Ifo afirmou nesta terça-feira que projeta que a economia do país recue cerca de 6,6% este ano devido ao novo coronavírus e que a recuperação nacional não retornará a níveis pré-pandemicos antes do final de 2021.
A maior economia da Europa caiu 1,9% nos primeiros três meses de 2020, afirmou o Ifo, acrescentando que está esperando uma contração de 12,2% no segundo trimestre, baseado em dados da capacidade produtiva das empresas.
“Nós não voltaremos a uma situação pré-corona antes do final de 2021”, disse Timo Wollmershäuser, chefe de previsão econômica do Ifo, em comunicado. Isso significaria uma expansão econômica de 8,5% em 2021, acrescentou.
Ifo afirmou na semana passada que sua pesquisa do moral dos negócios da Alemanha caiu em abril, na maior queda já registrada, enquanto a pandemia do novo coronavírus envia a maior economia da Europa para uma recessão profunda.
Como potência de exportação da Europa, a interrupção do comércio global da pandemia derrubou as fábricas alemãs, enquanto as medidas de isolamento social para conter o vírus esmagaram os gastos dos consumidores.
Destacando o impacto comercial do vírus, a fabricante alemã de carros e caminhões Daimler registrou uma queda de quase 70% no lucro operacional do primeiro trimestre e disse que o fluxo de caixa usado para pagar dividendos deve contrair este ano.
O governo respondeu com medidas que incluem um pacote de estímulo de 750 bilhões de euros, mas o progresso da economia dependerá da rapidez com que a Alemanha afrouxará as medidas de isolamento.